O jornalista Nery Orellana foi assassinado a tiro na província de Lempira, elevando para 13 o total de profissionais da comunicação social executados desde Março no país.

De acordo com o Comité de Livre Expressão hondurenho, o ex-director e administrador da rádio comunitária Joconguera foi encontrado, quinta-feira da semana passada, ainda com vida, acabando, no entanto, por falecer no hospital para onde foi transportado em resultado dos ferimentos de bala na cabeça.

Orellana, de 26 anos, trabalhava numa rádio que, apesar de ter um estatuto comercial, colocou os seus espaços informativos ao serviço da comunidade, denunciando as atrocidades cometidas desde o golpe de Estado de 2009. A Joconguera abriu as portas às estruturas locais da Igreja católica e da Frente Nacional de Resistência Popular, por exemplo.

Orellana e outro jornalista da mesma rádio, Hernán Castro, já haviam sido ameaçados de morte, facto que, aparentemente, os responsáveis da polícia não consideram relevante para as investigações em curso.

As autoridades dizem ter colocado uma equipa especial a investigar o caso, mas adiantam que seguem a tese de assalto.