Israel volta a massacrar
Pelo menos 24 pessoas morreram e 447 ficaram feridas, entre as quais 11 em estado considerado grave, em resultado do ataque das forças armadas israelitas contra um grupo de sírios e palestinianos que contestava a ocupação dos Montes Golã e dos demais territórios da Palestina.
Israel acusa a Síria de usar os manifestantes para promover o conflito na zona ocupada desde 1967, mas o governo de Damasco nega qualquer envolvimento nos acontecimentos de domingo, e sublinha que o exército sionista massacrou os participantes no protesto pacífico.
A agência noticiosa síria revela mesmo que os atiradores israelitas não apenas dispararam sobre os jovens que se acercaram das barreiras de contenção, mas também sobre ambulâncias e carros de bombeiros que acorreram ao local para socorrer as vítimas.
De acordo com informações veiculadas pela Telesur, a tensão na região prosseguiu quando tropas de Israel invadiram a cidade síria de Al Qunaytirah, operação na qual vários soldados terão ficado feridos e dois terão mesmo morrido na sequência da explosão de uma mina.
Recorde-se que no passado dia 15 de Maio, também nos Montes Golã, Israel assassinou 15 civis que protestavam contra a ocupação e tentavam regressar à pátria donde têm sido expulsas gerações de palestinianos.
Israelitas contra a barbárie
Horas antes do sucedido nos Montes Golã, milhares de israelitas saíram às ruas da capital do país, Telavive, para exigirem o fim da violência e a formação de um Estado palestiniano com fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias (4 de Junho de 1967).
Segundo a Lusa, na iniciativa promovida pela plataforma Hadash, pelo Partido Comunista de Israel e por outras formações sociais e políticas progressistas e de esquerda, entre as quais a coligação Paz Agora, as palavras de ordem mais ouvidas foram «Netanyahu conduz-nos à catástrofe» e «Israel, Palestina, dois estados para dois povos».