As eleições estão já aí neste domingo. Este não é o tempo de ficar à espera dos resultados, mas antes, mais que nunca, o tempo inadiável de esclarecer e intervir, até ao limite do possível.
Esclarecer sobre a situação de decadência nacional e afundamento do País e de colocar a urgência da ruptura com os 35 anos de política de direita, com as imposições da troika estrangeira e do Pacto de submissão e agressão, com o saque das riquezas nacionais pelos grandes senhores do dinheiro, com a vassalagem «vende pátria» da troika do PS/PSD/CDS, com o vórtice de devastação, regressão, exploração e opressão a que visam acorrentar o povo e o País.
Este é o tempo de persistir, de ir à luta, de vencer a resignação, de superar as hesitações e preconceitos, de ganhar as consciências, de mobilizar a honra, a coragem e a esperança do nosso povo, de unir no voto na CDU os trabalhadores e o «povo miúdo» – de Fernão Lopes –, os democratas e patriotas, e de rasgar as novas alamedas da mudança necessária, para uma política patriótica e de esquerda, expressão das aspirações populares, da luta de massas e das propostas do PCP, para uma alternativa real e realista, indispensável e impreterível, contra o declínio e o desastre nacional.
Superar «sondagens» e mistificações
O poder económico e mediático e o PS, PSD e CDS têm vindo a afogar o País em «sondagens», que em muitos casos são pouco mais que mistificações e contrabando dos respectivos interesses.
As sondagens sérias, que as há, comportam um constrangimento insuperável, é que permitem apenas uma previsão aproximada da realidade eleitoral – em todos os casos no intervalo de valores determinado pela margem de erro – e isto se for utilizado o método aleatório, amostras estratificadas, criteriosamente seleccionas e dimensionadas, métodos de inquirição fiáveis e procedimentos de estimação complementares – relativos à abstenção e à distribuição dos não respondentes e indecisos – em conformidade com a realidade em análise.
A questão é que os interesses dominantes e a ideologia espectáculo dos média instrumentalizam mesmo as sondagens sérias, remetem as explicações para as letrinhas ilegíveis e mandam publicar os títulos do seu contentamento, para manipular os resultados eleitorais. Assim se promove o «empate técnico» PS/PSD, empurrados à vez para cima pelos «barómetros» e as leituras da mistificação, que suscitam a subserviência face ao poder económico e a «bipolarização» artificial, verdadeiro «seguro de vida» da política de guerra social do Pacto das troikas.
São incomensuráveis as mistificações da campanha eleitoral, que aliás começou com a vitimização do auto-demitido Governo PS. E é recorrente, brutal e inaceitável a discriminação dos média dominantes, que escondem, menorizam e mentem sobre as iniciativas e a mensagem da CDU, enquanto promovem o PS e o PSD, ou dão colo ao CDS, que está disponível para qualquer casório ao serviço do Pacto, ou ao BE, o «cuco» inconsequente que continua a dar muito jeito para tentar travar o crescimento da CDU.
E há as mistificações do PSD, o fingido imaculado no estado do País, e do PS, campeão do «Estado Social», mas seu principal carrasco, «feroz» contra o «radicalismo ideológico» do PSD, para esconder que ambos, mais o CDS, estão amarrados ao «programa comum» do Pacto e a ultimar os modelos da distribuição do poder e dos tachos no saque da riqueza e da soberania nacional – aliás Portas já formulou a exigência dos seus ministérios.
As mistificações, as «sondagens» fabricadas, as manobras de diversão e as provocações dos grandes interesses e dos seus média, do PS, PSD e CDS, estão aí em força até à «boca das urnas», para condicionar os resultados e tentar desmobilizar o que as troikas da agressão e da submissão mais temem – a luta e o voto na CDU. E esta é mais uma razão para persistir no esclarecimento, para dia 5 e para dia 6. A luta continua.
Agora CDU
A luta de massas e a campanha eleitoral estão aí para demonstrar que, apesar de todas as dificuldades, potenciadas pelo agravamento dramático da situação económica e social, o PCP e a CDU estão a crescer.
A campanha do milhão de contactos abriu novos espaços de intervenção e adesão às nossas propostas. O voto na CDU surge, cada vez mais, como o voto que dá força à luta dos trabalhadores e das populações e sectores laboriosos, mas também como o voto que conta sempre para resolver os problemas nacionais, para resistir às troikas e à política de desastre nacional, e para a ruptura e a mudança necessária, cada vez mais urgente e mais próxima, para uma política e um governo patriótico e de esquerda.
Com determinação e confiança – esclarecer, mobilizar, lutar – agora CDU!