Os egípcios voltaram a ocupar a praça Tahrir, no centro do Cairo, na sexta-feira, 27, para exigir «o fim da corrupção política» e uma nova Constituição «agora, sem mais demoras», ou seja antes das eleições previstas para Setembro. As dezenas de milhares de pessoas que responderam aos apelos lançados pelos movimentos de jovens através da Internet reclamam um regresso rápido ao poder civil, o afastamento de responsáveis do antigo regime ainda presentes em numerosos sectores da administração e acções judiciais efectivas contra os acusados de corrupção e de violência.

A Irmandade Muçulmana, movimento de oposição considerado a força mais organizada do Egipto, distanciou-se da manifestação alegando que novos protestos podem provocar divisões entre o povo e os militares que serão prejudiciais ao sucesso da transição.