Jerónimo de Sousa visitou, dia 12, o arquipélago da Madeira onde participou num conjunto de iniciativas integradas na campanha da CDU para as eleições legislativas de 5 de Junho. O Secretário-geral do PCP passou pelos concelhos de Machico, Ponta do Sol e Funchal.
Depois de visitar o Núcleo Museológico do Machico, no antigo Solar do Ribeirinho, o dirigente do PCP rumou à Marina do Lugar de Baixo, em Ponta do Sol, que usou como exemplo «daquilo que pode ser poupado em termos de investimento público». Outros haveria bem mais úteis ao desenvolvimento da região.
Outro tema em destaque, principalmente na sessão pública realizada no Funchal, foi o da Zona Franca da Madeira. Jerónimo de Sousa afirmou ser «inconcebível» que das quase três mil empresas ali sediadas mais de 2300 não paguem impostos nem tenham um único trabalhador. O caso é tão mais escandaloso quando os trabalhadores existentes naquela Zona Franca pagaram mais de IRS do que as empresas de IRC, afirmou o Secretário-geral do PCP, considerando esta situação «injusta e discriminatória».
Jerónimo de Sousa manifestou-se ainda expectante em saber o que dirão os partidos da troika interna (PS, PSD e CDS) aos trabalhadores e ao povo da Madeira quando começarem a ser aplicadas as medidas decididas pelo FMI/BCE/CE, nomeadamente a desregulamentação das leis laborais, a redução de trabalhadores na Administração Pública, os congelamentos de salários e pensões ou os cortes das transferências para as finanças regionais.