O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) apelou ao voto naqueles que não levaram «o País e as nossas vidas para este abismo». «Podemos alterar estas políticas de submissão aos interesses económicos e financeiros dos grandes grupos nacionais e estrangeiros, salvaguardando os interesses dos trabalhadores», salienta o MDM, lembrando que, no dia 5 de Junho, «com o nosso voto, podemos escolher deputados e partidos com uma perspectiva diferente e que têm outras propostas».
A Direcção Nacional do MDM, reunida a 7 de Maio em Lisboa, falou ainda das medidas da troika aceites pelo governo e «apadrinhadas e saudadas pelos grandes banqueiros».
«O FMI, com a conivência do PS, PSD e CDS, quer obrigar Portugal a aumentar o desemprego, congelar salários e pensões, alterar a legislação do trabalho para facilitar os despedimentos e acabar com o emprego estável e com direitos», descreve o movimento de mulheres, alertando ainda para o aumento de impostos, dos transportes, da energia, das comunicações, e cortes no Serviço Nacional de Saúde e na educação, e privatização dos sectores do Estado fundamentais para o desenvolvimento do País e melhoria da qualidade de vida das mulheres.
«As exigências do FMI não são inevitáveis. Podem e devem ser alteradas. Este plano só entrará em vigor após discussão na próxima Assembleia da República que resultar das eleições de 5 de Junho», informa o MDM.