A Câmara de Almada recebeu, desde Janeiro, 700 novos pedidos de habitação social, cem deles «situações emergentes». Em declarações à Lusa, Rui Jorge Martins, vereador na autarquia, informou que, na totalidade, existem pedidos de habitação social por parte de cerca de cinco mil agregados familiares, o que ilustra a crise em que se vive: «Chegam-nos aqui muitas pessoas pela primeira vez. Situações de famílias que deixaram de conseguir pagar a prestação ao banco, que lhes ficou com a casa, outras com casas arrendadas e deixaram de ter condições para pagar e foram postas na rua.»
Esta gente, acrescentou, vem «afectada por uma deterioração forte da situação financeira das suas famílias, decorrente de situações de desemprego, emprego ocasional e muita precariedade».