A Federação das Associações de Reformados do Distrito de Lisboa alertou, há dias, para o efeito «trágico» que terá o recuo do Governo de não reduzir o preço dos medicamentos, lembrando que deverão agravar-se os casos de pessoas que «seleccionam» os remédios na farmácia. Para os reformados este é apenas «mais um aumento em cima dos outros aumentos anunciados».
Também o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) condenou o recuo do Governo, uma vez que «foram criadas expectativas», quando «as pessoas já sentem enormes dificuldades para adquirirem os medicamentos, principalmente desde que foi reduzida a sua comparticipação e aumentou o custo em outros».
«O Governo – certamente cedendo a interesses da indústria farmacêutica – deu o dito por não dito. Lamentamos e condenamos a decisão que, mais uma vez, prejudica os utentes em benefício das empresas», afirmou Carlos Braga, do MUSP.