Foi a poderosa e enérgica acção das massas populares e dos trabalhadores, sob a liderança da classe operária, em estreita aliança com o MFA, que travou o passo à reacção e impediu os inimigos da Revolução de Abril de levarem por diante os seus intentos de regresso ao passado obscurantista e de terror.
Esmagar as liberdades e direitos conquistados, afastar e liquidar o MFA, travar o processo de descolonização, impedir a democratização da vida nacional eram os seus objectivos declarados.
Valeu tudo, desde a tentativa de golpes (golpe Palma Carlos, 28 de Setembro de 74 e 11 de Março de 75), passando pelo terrorismo bombista e outras acções violentas levadas a cabo por redes contra-revolucionárias clandestinas (dezenas de centros de trabalho do PCP foram alvo da sanha destruidora, por exemplo), até às campanhas de difamação e mentiras.
O PCP foi a grande força que se opôs de forma consequente, tenaz e corajosa às manobras e golpes da reacção, com os seus militantes a ocupar a primeira linha da luta em defesa das liberdades e do prosseguimento do processo democrático.
Com a luta de classes ao rubro, depois dos enormes passos dados pela Revolução, tendo o socialismo como meta, não foi possível evitar – não obstante os insistentes alertas do PCP para os perigos da divisão e liquidação do MFA e da ruptura da sua aliança como o povo – os conflitos que levaram à crise político-militar do Verão e Outono de 1975, com epílogo nos acontecimentos de 25 de Novembro.