O embuste
A ideia muito difundida pelo primeiro-ministro de que «os sacrifícios seriam para todos» foi também contestada pelo Secretário-geral do PCP, que a classificou de «embuste», concluindo que a «verdade é que não o foram» e centraram-se exclusivamente nos que «vivem dos rendimentos do seu trabalho, da sua reforma e da sua pensão».
E demonstrou-o trazendo a lume a questão dos impostos, particularizando com o caso da PT, «escandaloso» em sua opinião. Teve um lucro de 5672 milhões de euros, o que é 8,3 vezes mais, mas em termos de impostos vai pagar menos de metade do que pagou em 2009, ou seja vai pagar apenas 78 milhões de euros quando naquele ano pagou 186 milhões.
«É um exemplo concreto de que andou a enganar os portugueses quando afirmou que estes tinham de compreender as dificuldades e que os sacrifícios seriam para todos», acusou Jerónimo de Sousa, sublinhando que a verdade é outra e pode ser resumida assim: «os lucros são intocáveis enquanto os trabalhadores e reformados estão a pagar com língua de palmo aquilo que o Governo decidiu com o apoio do PSD».