Numa moção apresentada na Assembleia Municipal de Lisboa, os eleitos do PCP alertaram para a «falta de uma rede de cuidados primários de saúde», incluindo os cuidados domiciliários, continuados e paliativos, que «acompanhe o crescente envelhecimento da população, a sua mobilidade e também a degradação dos rendimentos das famílias».

No documento, apresentado por Lurdes Pinheiro, dá-se ainda conta da «precariedade das instalações» dos centros de saúde, assim como da «redução progressiva de médicos de família, enfermeiros e outros técnicos de saúde, com reflexos na demora na marcação de consultas e no acesso a outros cuidados primários», de que é exemplo o Centro de Saúde da Alameda, onde, a partir das 6 horas da manhã, com chuva e frio, «os utentes têm que esperar à porta por uma consulta que, na maior parte dos casos, não conseguem obter».

Há problemas idênticos na Extensão de Saúde da Avenida Duque de Loulé, com instalações extremamente precárias e com falta de recursos humanos, e na das Mónicas, que encerrou para obras, sem aviso prévio aos utentes.