- Nº 1937 (2011/01/13)

Com toda a confiança!

Opinião

Eram centenas e chegavam de todos os lados. Sozinhos ou em grupo. De autocarro, de carro ou a pé. Foram chegando e enchendo o largo fronteiro ao pavilhão. Que de novo se esvaziava, para de novo se encher. Sorrisos, risos, abraços e beijos que o dia é de festa!

Antes da entrada no Pavilhão aproveita-se os raios de sol, que até esse resolveu aparecer, e troca-se duas de conversa. «Viste ontem o Alegre cheio de preocupações sociais?» «É preciso lata, para quem tem as responsabilidades que ele tem, e para quem apoia e é apoiado pelo Partido deste Governo desgraçado!» «E o Cavaco, que não quer que digam mal dos mercados?» «Quem serve o capital financeiro, não quer que o patrão fique ofendido!»

As bandeiras já são muitas. E eles, e elas, chegam cada vez mais. Novos e velhos. Namorados de mãos dadas. Crianças de colo, muitas também.

Ali, tudo é determinação. Tudo é esperança! Tudo é vontade!

Ali vieram os que querem um país melhor! Os que acreditam que isso é possível e inadiável. Ali sentiu-se a exigência da ruptura e da mudança da política de direita das últimas décadas.

Ali estão os que lutam, os que estiveram na primeira linha da greve geral e que estarão no mesmo sítio nas batalhas que hão-de vir!

Para onde quer que olhasse, naquele Pavilhão cheio, na maior iniciativa da campanha eleitoral, até hoje realizada, via-se e sentia-se a alegria dos que querem construir um Portugal novo. Pouco a pouco. Pedrinha sobre pedrinha.

Quando chegaram o Secretário-geral do Partido e o camarada Francisco Lopes, candidato à Presidência da República, soou vibrante, com a pronúncia do Norte, a palavra de ordem «Francisco Avança, Com toda a Confiança».

Confiança. É essa a expressão. Confiança nos trabalhadores e no povo. Confiança nas capacidades do País. Confiança em que cada um dos milhares que estiveram no Palácio de Cristal representa todos os que, de Norte a Sul, fazem crescer este forte movimento de apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, e que até dia 23 não baixarão os braços na defesa dos valores de Abril, do projecto patriótico e de esquerda, que ela representa.

João Frazão