«Contra a maré»
A Transtejo reduziu cinco carreiras entre o Seixal e Lisboa, entre as 6.10 e as 9 horas. A Câmara do Seixal exige a reposição das ligações fluviais e quer saber que outras medidas vão ser tomadas no futuro.
«Autarquia, utentes e trabalhadores contra supressão de carreiras»
«A autarquia, uma vez mais, exige a reposição das cinco ligações suprimidas, assim como o desenvolvimento de um estudo de satisfação dos utentes e de aumento da procura, de forma a captar mais utilizadores para o transporte público fluvial», referiu, em comunicado, a Câmara do Seixal, após a realização de uma reunião entre técnicos da empresa e do município, onde a Transtejo manteve a decisão de retirar um navio de circulação da manhã.
«Foi transmitido pela empresa que a justificação principal para a tomada da decisão de redução das cinco carreiras prendeu-se com as medidas de gestão e de boas práticas, sustentadas nos dados de oferta e procura relativos a 2010, e não com a anterior justificação transmitida de cumprimentos da redução de 15 por cento dos custos operacionais impostas pelo Governo», explica autarquia, que vai solicitar ao Governo e à Transtejo que informe a totalidade das medidas previstas a implementar.
A Direcção de Organização Regional de Setúbal do PCP considerou, entretanto, que esta medida «penaliza os utentes, degradando a qualidade do serviço deste transporte público e retirando-lhe atractividade». Em nota do Gabinete de Imprensa, os comunistas valorizaram, no entanto, a «determinação» das Organizações Representativas dos Trabalhadores do grupo Transtejo, que deliberaram não se resignar ao fatalismo e decidiram encetar contactos com diversas entidades, entre as quais a Comissão de Utentes, visando travar tais pretensões.