Governo britânico «nega» restrições à greve

O go­verno bri­tâ­nico não ten­ciona no ime­diato res­tringir o di­reito à greve, afirmou ao The Sunday Times (02.01), o con­ser­vador Francis Maude, res­pon­sável pela re­forma do sector pú­blico e ques­tões sin­di­cais.

Res­pon­dendo às fortes pres­sões da Con­fe­de­ração da In­dús­tria Bri­tâ­nica (CBI), que tem vindo a exigir al­te­ra­ções à lei la­boral de forma a pre­venir os efeitos do surto de greves anun­ciado para os pró­ximos meses, Maude deu a en­tender que é me­lhor es­perar para ver a ver­da­deira di­mensão dos pro­testos.

«Não es­tamos con­ven­cidos da ne­ces­si­dade de al­te­ra­ções porque, em­bora uma greve possa ser vo­tada por nú­mero re­la­ti­va­mente pe­queno de par­ti­ci­pantes, isso não quer dizer que todos adiram».

No en­tanto, co­men­tando os pro­testos con­juntos contra os cortes so­ciais, anun­ci­ados para os meses de Março e Abril pelo Con­gresso dos Sin­di­catos (TUC), o res­pon­sável go­ver­na­mental deixou uma ameaça ve­lada: «Nin­guém falou de uma greve geral – isso seria ilegal. Po­derá tratar-se de uma acção co­or­de­nada? Es­pe­remos que não. Temos de con­ti­nuar a di­vulgar a men­sagem de que es­tamos a fazer o nosso me­lhor para pro­teger os em­pregos».

Para além de exigir que as greves só possam ser con­vo­cadas com o apoio ex­presso de pelo menos 40 por cento do total de tra­ba­lha­dores, o pa­tro­nato bri­tâ­nico quer ter a pos­si­bi­li­dade de re­correr às agên­cias de tem­po­rá­rios para subs­ti­tuir gre­vistas, ex­pe­di­ente que foi proi­bido em 2004, apesar de a lei con­ti­nuar a per­mitir a con­tra­tação di­recta de fura-greves. «É per­fei­ta­mente na­tural que os em­pre­ga­dores possam manter as suas ac­ti­vi­dades a fun­ci­onar du­rante o pe­ríodo de uma greve», con­si­derou John Cri­dland, di­rector-geral da CBI, de­fen­dendo a abo­lição das ac­tuais res­tri­ções.



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