«É chocante a satisfação do Governo pelas poupanças que fez na Segurança Social», protestou dia 23 a CGTP-IN, numa nota de imprensa a propósito da revelação de que foram gastas menos algumas dezenas de milhões de euros, ou seja, que dez mil desempregados deixaram de receber o subsídio social de desemprego e dezenas de milhares de cidadãos deixaram de receber o Rendimento Social de Inserção, abonos de família e outras prestações e apoios sociais.

Para a central, «é de todo chocante esta situação, quando a situação social é grave, quando há um empobrecimento generalizado da população, como consequências das políticas económicas e sociais executadas pelo Governo, patronato e União Europeia». Enquanto diversas camadas sociais recorrem a instituições para obter bens alimentares, e escolas fornecem durante as férias alimentos aos seus alunos, a par de vários pedidos de solidariedade, vem o Governo «regozijar-se pela diminuição da protecção social e de a ter retirado «a quem é menos pobre», porque de forma ardilosa, através nomeadamente da nova capitação e do conceito de agregado familiar, cerceia o acesso às prestações.