Novas Cartas Portuguesas em edição anotada

Quase quatro décadas depois da sua primeira edição, em 1972 (que a censura da ditadura fascista tratou de recolher e destruir, instaurando de seguida um processo às suas autores que viria a ficar conhecido como o processo das «Três Marias»), as Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa voltaram a ser publicadas, agora, pela primeira vez, em edição anotada.

Com a chancela da D. Quixote, o livro é constituído por 120 textos colectivos das suas autoras sob a forma de cartas, poemas, relatórios, narrações, ensaios e citações.

Como refere na introdução Ana Luísa Amaral, que organiza esta edição anotada, ao reescrever as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa Mariana Alcoforado, Novas Cartas Portuguesas «afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade».

 



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