Ano perdido
O primeiro ano de mandato da coligação PSD/CDS-PP na Câmara do Porto ficou marcado pela diminuição da frequência e da importância das reuniões da autarquia, reduzindo-as a abordagens de assuntos que, embora façam parte das suas competências legais, têm diminuída relevância municipal.
Ao mesmo tempo - denunciaram, em conferência de imprensa, Artur Ribeiro, Pedro Carvalho e Rui Sá, eleitos do PCP - «os assuntos de maior importância municipal são sonegados a essa apreciação colectiva por parte dos representantes eleitos da população, impedindo o confronto de ideias e de programas», o que demonstra que para Rui Rio e a maioria de direita a Câmara do Porto «não deve ser um fórum de discussão e de aprovação das políticas municipais, devendo transformar-se numa caixa de ressonância das suas próprias decisões, num órgão rotineiro que aprova minudências».
Durante o primeiro ano realizaram-se 23 reuniões, com o agendamento de 266 pontos para discussão, «o que significa uma média de 11,2 pontos por reunião, valor que demonstra níveis de actividade extremamente reduzidos». «O primeiro ano deste terceiro mandato de Rui Rio é mais um ano perdido em termos de desenvolvimento, quer pela incapacidade demonstrada na apresentação de propostas que verdadeiramente vão de encontro às necessidades da cidade e da sua população, quer pela aposta em opções erradas que vão penalizar o Porto e os seus munícipes», destacam os comunistas.