No seu recém-editado livro de memórias Decision Points, o antigo presidente dos EUA, George W. Bush, acusa o antigo chanceler alemão (1998-2005) de duplicidade na questão da guerra do Iraque. Schröder ter-lhe-á assegurado o seu apoio numa eventual intervenção no Iraque, num encontro na Casa Branca, em 31 de Janeiro de 2002.

«O que é verdade para o Afeganistão é também verdade para o Iraque. Os países que apoiam o terrorismo devem pagar as consequências. Se o fizer rapidamente e de maneira decidida, estarei consigo», disse o social-democrata a Bush.

Confrontado com estas revelações, Schröder nega-as, afirmando que «o antigo presidente americano não diz a verdade». «Disse claramente que a Alemanha estaria fielmente ao lado dos EUA se se verificasse que o Iraque, tal como o Afeganistão, tinha servido de refúgio e ponto de apoio aos combatentes da Al-Qaeda».

Contudo, foi com base na sua promessa de que a Alemanha não participaria na «aventura» do Iraque, que Schröder garantiu a sua reeleição em Setembro de 2002. Afinal, tudo não passou de uma encenação.