Mais de 1,2 milhões de pessoas voltaram a sair às ruas, no sábado, 6, em cerca de 245 cidades da França para protestar contra a nova lei das pensões que deverá ser promulgada nos próximos dias pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Embora com uma participação inferior às anteriores jornadas de luta, este oitavo dia de manifestações à escala nacional foi ainda assim um poderoso sinal de repúdio popular pelas políticas do governo francês.

Num dia de mau tempo, e já depois de as direcções sindicais terem anunciado uma nova fase da luta, em que serão adoptadas novas formas de protesto, os trabalhadores deixaram claro que estão dispostos a continuar a exigir a revogação da nova lei que aumenta a idade da reforma e o período mínimo de contribuições.

De que este movimento deixou marcas na sociedade, ninguém parece duvidar, nem mesmo o antigo primeiro-ministro Dominique de Villepin. Em declarações no domingo, 7, considerou que a inflexibilidade do governo lhe deu uma «vitória de Pirro». «O número de manifestantes diminuiu, mas o rancor contra esta lei continua elevado».