A Festa abre amanhã
Amanhã, sábado e domingo serão dias cheios na Quinta da Atalaia. Cheios de sonho, de luta, de vontade de combater injustiças e de participar activamente na construção de uma nova sociedade. Cheios, também, de música, de animação, de cultura, de debate político – de tudo quanto, de imensamente humano, tem lugar marcado todos os anos na Festa do Avante!. Com as diferenças decorrentes dos avanços e recuos da história; com as semelhanças que advêm da luta que continua pela democracia e pelo socialismo.
No coração da Festa estará, uma vez mais, o Pavilhão Central, que como de costume marcará a diferença pelo arrojo do seu projecto. No seu interior, duas exposições: sobre os 120 anos do 1.º de Maio e o seu significado actual; e uma outra, intitulada Portugal a produzir. Os 100 anos da Revolução Republicana, os 140 anos do nascimento de Lénine e uma evocação de António Dias Lourenço, José Saramago e Mário Barradas marcam também aquele espaço, onde se realizam vários debates nos três locais existentes para esse efeito – apreendida a mensagem, nada como visitar o espaço Adere ao PCP e, porque não?, tomar partido!
Ainda no Pavilhão Central, o espaço das Tecnologias da Informação e Comunicação dará visibilidade aos problemas dos trabalhadores do sector e ao software livre como elemento de desenvolvimento da produção nacional. Já no espaço das Artes Plásticas, estará patente uma mostra de cem desenhos, do espólio da Galeria de Desenho do Museu de Estremoz. No CineAvante, mostra-se o que de melhor foi feito no último ano ao nível do cinema documental e de animação em Portugal.
No Espaço Internacional, situado num dos topos da Quinta da Atalaia, a luta pela paz e a solidariedade são constantes. Este ano, estará em destaque o combate à NATO e aos seus objectivos sinistros, a poucos meses da realização de uma cimeira daquela organização no nosso País. Nos stands, bares e restaurantes dos vários partidos comunistas e de esquerda que ali estarão representados é possível conhecer mais de perto a luta dos povos contra o imperialismo, bem como as cores, sons e sabores dos vários países do mundo.
Na Cidade da Juventude são os jovens a ter o lugar de destaque. A poucos meses do 17.º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, que se realiza na África do Sul, haverá uma banca específica para divulgar este grande evento internacional. A luta dos estudantes e o 9.º Congresso da JCP serão também temas em foco.
Um mundo por explorar
Se no Avanteatro são as artes de palco a ter o papel principal, a pensar em todos os públicos, na Festa do Livro é possível adquirir, a preços convidativos, clássicos ou novidades, debater o conteúdo das obras ou mesmo conseguir um autógrafo. O Espaço Ciência será uma vez mais um local a despertar a curiosidade dos visitantes de todas as idades, em ano em que se falará da biodiversidade.
Também o desporto vai cativar milhares de visitantes, deja para participar ou para acompanhar os filhos nas dezenas de modalidades que serão praticadas no polidesportivo ou nos outros espaços. A Corrida envolverá, uma vez mais, centenas de atletas.
Nos espaços das organizações regionais estará o Portugal real – que sofre e luta contra a política de direita – e os seus problemas e aspirações. E com os seus sabores. É obrigatório visitar, tal como os espaços próprios das mulheres e das crianças, dos emigrantes e dos imigrantes.
E depois há os palcos: o 25 de Abril dos grandes concertos e o 1.º de Maio dos sons intimistas e experimentais. E o Palco da Solidariedade, o Palco Novos Valores, o Arraial e o Café-Concerto de Lisboa, os palcos de Setúbal, Alentejo e Santarém, e a música e a animação que percorrem toda a Festa...
