O despedimento de um trabalhador português na Base das Lajes, na Ilha Terceira, Açores, por ter recusado mudar de funções foi repudiado, dia 20, pelo Sindicato da Alimentação, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores. Com mais de 20 anos de serviço, o trabalhador desempenhava funções de chefe de viaturas dos bombeiros e o destacamento militar norte-americano tentou forçá-lo a passar a trabalhar num snack-bar ou num café. Porque recusou, foi declarado como «inapto para o serviço» e despedido, revelou à Lusa o dirigente do SABCES/CGTP-IN, Vítor Silva, avisando sobre a possibilidade de novos despedimentos de trabalhadores portugueses virem a ocorrer, em resultado de um modelo de avaliação de desempenho que a administração americana terá resolvido recuperar, depois de o ter abandonado oficialmente. O dirigente sindical lamentou a «falta de consideração e abandono» com que as autoridades nacionais têm votado os 760 portugueses que trabalham na base das Lajes.