A suspensão e substituição do Decreto-Lei n.º 296/09, de 14 de Outubro, relativo aos vínculos, carreiras e remunerações dos militares das Forças Armadas foi novamente reclamada pela Associação Nacional de Sargentos, ANS. Num comunicado de 30 de Julho exige, do Governo respeito por todos os militares.
Em causa estão opções do Governo PS que provocam um «agravamento do fosso salarial entre comandantes e comandados, numa clara intenção de fidelizar as chefias militares aos ditames impostos pelo Governo», acusou a ANS. Esta reclama outra regulamentação que permita uma transição «sem desnecessárias perturbações», desde 10 de Dezembro de 2009.
Salientando que, no dia 1 de Outubro, muitos segundos sargentos completarão mais de 14 anos na mesma posição remuneratória em que iniciaram as respectivas carreiras, o mesmo acontecendo há 16 anos, aos primeiros sargentos da Força Aérea e da Marinha, a ANS lembrou que ainda mais «discriminados» estão os segundos sargentos da Marinha, desde que os militares com o mesmo posto no Exército e na Força Aérea obtiveram actualizações remuneratórias nos últimos dois meses, recordou a associação.
Em contrapartida, «não causou tanta dificuldade a atribuição, desde Janeiro, dos abonos por despesas de representação exclusivamente aplicáveis a oficiais», nem a publicação, em Diário da República, de 21 de Junho, das promoções ao posto de oficiais generais, pela segunda vez, este ano, acusou a associação.