Partidos da oposição e movimentos sociais condenam a ocupação encoberta do país por parte dos EUA que, a pretexto do combate ao narcotráfico, vai estacionar no território, até Dezembro deste ano, um total de sete mil militares, 46 vasos de guerra, mais de 200 helicópteros, 10 caças de combate e dois submarinos.

«Isto é um cheque em branco» e «um acto ilegal», defende o Partido da Unidade Social Cristã (PUSC), que recorda ainda que o acordo estabelecido há uma década entre os governos de San José e Washington não prevê o estacionamento de meios militares de guerra.

Os efectivos dos EUA gozam de total liberdade de acção e movimento para as actividades que considerem necessárias e não estão sujeitos às leis do país, acrescenta o PUSC.

«A presença dos EUA compromete o país com a agenda de guerra de Washington», considera, por seu lado, a Comissão Nacional do Movimento Popular, posição partilhada pelos partidos Frente Ampla e Acção Cidadã, para quem esta iniciativa se enquadra na ofensiva norte-americana na América Latina.