Cerca de 200 orizicultores das regiões do Baixo-Mondego, Vale do Sado e Vale do Sorraia reuniram-se, no dia 15 de Julho, em Samora Correia, num Encontro Nacional, onde reclamaram medidas efectivas do Governo e do ministro da Agricultura em defesa da produção nacional de arroz. «Só promessas e diálogos não resolvem os problemas dos oricultores. O senhor ministro da Agricultura tem que passar das palavras aos actos», disseram os agricultores, que exigem «preços justos à produção na ordem dos 30 a 40 cêntimos o quilograma», «ajuda na electricidade verde na secagem do arroz», «intervenção do Governo para travar os aumentos dos adubos, gasóleo, pesticidas e outros» e «fim à prática de dumping no arroz vendido pelas grandes superfícies».
Presente no encontro, o Director Regional da Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, em representação do ministro da Agricultura, informou que se encontra em fase final um estudo da Autoridade da Concorrência sobre a prática de dumping no preço do arroz ao consumidor nas grandes superfícies, e que o Governo estava atento aos valores praticados no preço à produção no arroz.
Outras questões afloradas foram a necessidade de terminarem as obras hidro-agrícolas do Baixo-Mondego em todos os vales, e a necessidade de uma Lei de Arrendamento Rural mais justa para a produção nacional. No encontro, que contou com a presença de João Frazão, da Comissão Política do PCP, foi ainda aprovado um Caderno de Reclamações que será entregue ao ministro da Agricultura.