A Festa vem aí!
A Festa do Avante de 2010 tem data marcada – 3, 4 e 5 de Setembro. Será a 34.ª edição daquela que se afirmou e confirmou como a maior iniciativa político-cultural que se realiza no nosso País. O ponto de encontro está marcado mais uma vez para a Quinta da Atalaia, com a sua bela vista sobre a baía do Seixal e Lisboa como pano de fundo.
O Pavilhão Central acolherá duas exposições sobre os 120 anos do 1.º de Maio
A Festa do Avante, sendo resultado do empenhamento do colectivo partidário é expressão concreta da capacidade de realização do Partido Comunista Português. A Festa do Avante assenta a sua realização no trabalho voluntário de milhares de membros do Partido e da JCP que de forma generosa asseguram as mil e uma tarefas indispensáveis para o seu êxito.
A construção mas também muitos outros aspectos, que vão desde a divulgação da Festa à organização e funcionamento dos espaços das Organizações Regionais, da concepção dos conteúdos políticos e culturais à venda da EP, das expressões culturais e desportivas que percorrem os vários palcos e espaços da Festa ao funcionamento dos serviços de apoio ao visitante, são assegurados com a militância de homens, mulheres e jovens que assumindo-se como construtores da Festa lhe atribuem esse carácter fraterno e solidário que envolve todos os que visitam a Festa do Avante.
Iniciam-se já no próximo fim-de-semana, no sábado, dia 19 de Junho, as Jornadas de Trabalho onde cada um é chamado a dar o seu contributo na construção da Festa.
Camaradas e amigos de todas as regiões e de todas as idades, com as mais variadas profissões e experiências, constroem a Festa, seja na montagem de estruturas, nas carpintarias, na manutenção do terreno, na colocação de coberturas, na decoração e nas pinturas ou em trabalhos mais especializados na electricidade ou serralharia e cada um pode reconhecer o seu papel e contributo para erguer esta obra colectiva que é a mais bela Festa do Portugal de Abril.
Nesta nova fase em que entramos, muitos outros aspectos importa ainda assegurar para garantir o êxito da Festa, desde logo a sua divulgação e a promoção da venda de EP – Entrada Permanente, vencendo barreiras de silenciamento que se abatem sobre a Festa e o Partido que a promove.
Como a prática tem comprovado, os seus melhores divulgadores – que nada substitui – são aqueles que a constroem e põem a funcionar, são aqueles que a visitam, transmitindo a realidade que ali se vive ao longo de três dias de amizade e camaradagem e dando a conhecer o seu amplo programa politico, cultural e desportivo. Dos grandes espectáculos aos espaços mais intimistas, da música erudita à música popular, das exposições de artes plásticas à ciência, das Tecnologias de Informação ao espaço do livro e do disco, da corrida da Festa e jogos populares ao teatro, da presença solidária de dezenas de delegações estrangeiras à presença de todas as regiões do País, da sua gastronomia ao seu artesanato.
Espaço também de luta
Realizamos a Festa num momento em que, dando continuidade a 34 anos de políticas de direita que tornaram o nosso País mais desigual, mais injusto e mais dependente, PS e PSD, à sombra da crise do capitalismo, invocando o défice das contas públicas, preparam um novo salto qualitativo no agravamento da exploração dos trabalhadores e do povo.
Por isso a Festa, sendo festa, é também espaço de luta. Luta de resistência contra a política de direita e as medidas concretas que atingem a juventude, os trabalhadores e o povo. Luta pelo reforço do Partido, da sua organização e da sua ligação às massas. Luta pela afirmação da necessidade de um novo rumo, de uma ruptura patriótica e de esquerda.
Como elementos centrais, dando corpo ao conteúdo político da Festa, o Pavilhão Central acolherá duas importantes exposições sobre os 120 anos do 1.º de Maio valorizando a luta da classe operária e dos trabalhadores e o seu papel enquanto motor de profundas transformações sociais e políticas no passado mas, sobretudo, destacando o seu importante papel na actualidade e para o futuro e sobre a produção e a soberania nacional; afirmando a ideia de que Portugal não está condenado ao atraso e à destruição do seu aparelho produtivo e à consequente dependência externa; reafirmando a necessidade de, aproveitando as potencialidades existentes, pôr o País a produzir; sublinhando que sem produção nacional não há progresso, desenvolvimento, bem-estar ou soberania.
Este ano assinala-se os 20 anos em que a Festa do Avante se realiza na Quinta da Atalaia. Em 1990 dava-se um passo de gigante com a realização da 1.ª Festa num terreno próprio, adquirido com esse objectivo, com a campanha de fundos dos 150 mil contos.
A aquisição da Atalaia garantiu um terreno seguro e firme para a realização da Festa, pôs fim a sucessivas dificuldades e recusas de cedências que a levaram da FIL ao Jamor, da Ajuda a Loures, e permitiu que ao longo dos anos aí se fossem criando melhores condições para a sua realização e para acolher tantos milhares de visitantes.
Mas significou muito mais do que isso. Como afirmou Álvaro Cunhal em Abril de 1990, num convívio realizado na Quinta da Atalaia, afirmação que mantém hoje plena actualidade, «A Atalaia é já hoje e confirmará ser uma nova afirmação e um novo marco da força e determinação do PCP e da sua confiança no futuro».