«Os 2064 milhões de euros que Portugal vai emprestar à Grécia são os únicos euros que não vão ganhar euros à custa da Grécia. De resto, os parceiros, com este empréstimo, esperam ganhar muitos euros aos gregos e, ao mesmo tempo, defender o euro deles.»

(Miguel Esteves Cardoso, Público, 04.05.10)

«É chato ser pobre. Sobretudo quando nos tratam como pedintes, associando sermões ao que não é esmola nenhuma; mas um negócio.»

(Idem, ibidem)

«”Austeridade” é uma palavra mentirosa, que parece nobre. Idem para “contenção”, “rigor” e “empréstimo”. Todas significam empobrecimento. (...) A Grécia, para salvar-se, comprou caro um futuro mais pobre.»

(Idem, ibidem)

 «Os Governos mundiais passaram o ano de 2009 mergulhados na ilusão de que estavam a vencer a crise. A implosão do sistema foi travada, é certo, mas logo a seguir voltámos à cegueira do costume.»

(Miguel Gaspar, ibidem)

 «Com 30 por cento de desemprego entre os jovens, 10 por cento de corte no PIB para 2010-2011 e nova greve geral marcada já para dia 5, a Grécia pode vir a dar, por si só, razão à Economist. O “apocalipse” prenunciado talvez não seja now, mas é uma ameaça latente.»

(Editorial, Público, 03.05.10)

 «A UE é quase uma anedota planetária. (...) A realidade é que nesta Europa onde os egoísmos prevalecem (...) é mais fácil salvar um banco do que salvar um país.»

(Áurea Sampaio, Visão,  29.04.10)

«Qual vai ser a solução para resolver o problema da dívida em Portugal, depois do sinal dado esta semana pelo acordo entre Sócrates e Passos Coelho: baixar salários? Retirar férias e mais subsídios? Acabar com a saúde e o ensino com carácter universal revendo a Constituição?»

(São José Almeida, Público, 01.05.10)

 «Já agora, por que não se avança para a taxação real do lucro dos bancos? Insisto: por que razão os bancos têm de manter os seus lucros em prejuízo de toda a sociedade e da soberania dos países?»

(Idem, ibidem)

«Passos Coelho é um sósia de Sócrates.»

(Henrique Neto, Correio da Manhã, 30.04.10)