- Nº 1897 (2010/04/8)

Precariedade e concentração

PCP

A proletarização e precarização das profissões intelectuais «agrava-se nos nossos dias», afirma o Subsector da Cultura Literária do Sector Intelectual de Lisboa do PCP, num texto aprovado na sua assembleia de organização, realizada recentemente. No que respeita a escritores, tradutores, revisores, críticos literários, editores, distribuidores e livreiros, afirmam os comunistas, os estatutos com que exercem as respectivas actividades «são os mais diversos, mas sobre todos recaem os efeitos da acelerada grande concentração capitalista a que se assiste das empresas do sector».
Como consequência deste processo, fica em risco a «viabilidade e independência de pequenas e médias empresas» e restringe-se e degrada-se a «condição dos que trabalham por conta de outrem» – chamem-se essas leis do mecenato, Código do Trabalho, ou outro qualquer nome!
O panorama editorial, acrescentam os comunistas, está cada vez mais monopolizado por alguns grandes grupos, que detêm os meios para editar e distribuir amplamente os seus títulos. Assim, a divulgação de uns em detrimento de outros depende «exclusivamente de critérios comerciais», massificando-se desta forma a «mediocridade e a superficialidade».