O partido da mafia
A Forza Italia foi «fruto das negociações entre o Estado e a mafia» declarou, dia 8, no tribunal Massimo Ciancimino, filho do antigo presidente mafioso da Câmara de Palermo, Vito Ciancimino.
Esta acusação corrobora outros depoimentos feitos à justiça por mafiosos «arrependidos». No início de Dezembro, Gaspare Spatuzza, declarou que Silvio Berlusconi e o seu antigo patrão mafioso Marcello Dell'Utri tinham organizado a campanha de atentados à bomba de 1993.
Anteriormente, em 2003, Antonino Giuffre, ex-número dois da Cosa Nostra, afirmou existir um «pacto» entre a sua organização criminosa e a Forza Italia. Em troca do compromisso da mafia na eleição dos seus candidatos, o partido criado pelo actual primeiro-ministro italiano deveria rever os grandes processos antimafia, revogar a lei sobre a confiscação dos bens mafiosos e amenizar o regime penitenciário dos membros da rede criminosa a cumprir pena.
Porém, a primeira investigação da procuradoria de Florença sobre tais ligações de il cavalieri foi inconclusiva e arquivada em 1998. Agora Massimo Ciancimino relatou que «Bernardo Provenzano [padrinho da mafia preso em 1993] fez-me chegar uma carta destinada a Dell'Utri e a Berlusconi para que eu a entregasse ao meu pai que estava na prisão. O meu pai disse-me que o documento apelava a Berlusconi e a Dell'Utri a respeitarem o pacto concluído. E precisou que a Forza Italia tinha nascido de um acordo entre o Estado e a mafia em 1992.»
Ciancimino apresentou igualmente ao tribunal uma mensagem cifrada de Provenzano endereçada a Berlusconi, na qual o mafioso ameaçava il cavalieri com represálias contra o seu filho Piersilvio em caso de traição.
Esta acusação corrobora outros depoimentos feitos à justiça por mafiosos «arrependidos». No início de Dezembro, Gaspare Spatuzza, declarou que Silvio Berlusconi e o seu antigo patrão mafioso Marcello Dell'Utri tinham organizado a campanha de atentados à bomba de 1993.
Anteriormente, em 2003, Antonino Giuffre, ex-número dois da Cosa Nostra, afirmou existir um «pacto» entre a sua organização criminosa e a Forza Italia. Em troca do compromisso da mafia na eleição dos seus candidatos, o partido criado pelo actual primeiro-ministro italiano deveria rever os grandes processos antimafia, revogar a lei sobre a confiscação dos bens mafiosos e amenizar o regime penitenciário dos membros da rede criminosa a cumprir pena.
Porém, a primeira investigação da procuradoria de Florença sobre tais ligações de il cavalieri foi inconclusiva e arquivada em 1998. Agora Massimo Ciancimino relatou que «Bernardo Provenzano [padrinho da mafia preso em 1993] fez-me chegar uma carta destinada a Dell'Utri e a Berlusconi para que eu a entregasse ao meu pai que estava na prisão. O meu pai disse-me que o documento apelava a Berlusconi e a Dell'Utri a respeitarem o pacto concluído. E precisou que a Forza Italia tinha nascido de um acordo entre o Estado e a mafia em 1992.»
Ciancimino apresentou igualmente ao tribunal uma mensagem cifrada de Provenzano endereçada a Berlusconi, na qual o mafioso ameaçava il cavalieri com represálias contra o seu filho Piersilvio em caso de traição.