LUTAR PELA RUPTURA E A MUDANÇA
«Contra as injustiças, exigir uma vida melhor»
Ao mesmo tempo que, por decisão do Governo PS/José Sócrates, mais militares portugueses partem para o Afeganistão integrando as forças de ocupação chefiadas, de facto, pelos EUA, a Assembleia da República prepara-se para aprovar o Orçamento do Estado para a continuação da política de direita.
Trata-se de dois acontecimentos similares enquanto expressões concretas do conteúdo da política que desde há mais de trinta e três anos tem vindo a ser aplicada no nosso País.
O envolvimento de Portugal numa guerra de ocupação ao serviço dos objectivos expansionistas e hegemónicos do imperialismo norte-americano, nos moldes em que está a ser concretizado, para além de afrontar a Constituição da República Portuguesa e de apresentar uma iniludível marca de classe, constitui uma lastimável exibição de servilismo e de subserviência – pior ainda quando um dos argumentos utilizados para justificar a participação na guerra é o de que a segurança de Portugal começa no Afeganistão…
Quanto ao Orçamento do Estado, como o PCP – designadamente pela voz do seu secretário-geral - tem vindo a sublinhar, representa a continuação para pior das mesmas orientações políticas, económicas e sociais até agora levadas à prática pelo actual Governo e por todos os que o antecederam.
Por isso, será previsivelmente aprovado pelos partidos da política de direita, sabendo-se que, para o efeito, basta a abstenção do PSD e do CDS/PP.
Isto não obstante o folclore das acaloradas declarações simulando divergências inexistentes em relação ao que é essencial – e procurando, desde já, sacudir responsabilidades em relação às consequências futuras.
Todos eles sabendo que prosseguir a política que conduziu à crise significa prosseguir e aprofundar a crise; todos eles sabendo que, com este OE, quem vai continuar a pagar a crise são os que não têm culpa dela – e que quem vai beneficiar são os que até aqui têm beneficiado.
Do outro lado desta sombria realidade – e enfrentando-a e respondendo-lhe com determinação – está a luta dos trabalhadores – luta corajosa, superando dificuldades e obstáculos de monta nas empresas, nos sectores e nas ruas, e donde emerge, para já, a concentração ocorrida no Porto na passada quinta-feira, primeira grande iniciativa da agenda da CGTP-IN para este primeiro trimestre.
Mais de mil trabalhadores, concentrados na Praça dos Poveiros, aprovaram, por unanimidade, uma resolução na qual denunciam a «degradação contínua da situação sócio-laboral no distrito do Porto» e exigem medidas políticas que «travem a destruição do aparelho produtivo», bem como a «revogação das normas gravosas do Código do Trabalho e da legislação laboral na Administração Pública».
E a luta continua: amanhã, são os enfermeiros que, em manifestação nacional, farão chegar ao ministério da Saúde os ecos da sua greve de três dias. No dia 5 de Fevereiro será a vez de os trabalhadores da Administração Pública, também em manifestação nacional, em Lisboa, fazerem ouvir a sua voz. Depois serão as concentrações e outras acções de massas em todos os distritos. Finalmente, a 26 de Março e a fechar o plano definido para o primeiro trimestre, teremos a manifestação nacional com que a CGTP-IN e a Interjovem assinalam o 28 de Março, Dia Nacional da Juventude.
Tudo isto a confirmar que, como disse ao Avante! Arménio Carlos, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN «existem condições objectivas para ampliar o esclarecimento e a mobilização dos trabalhadores na luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho» e que «este é o tempo para combater o medo e as teses da resignação e da inevitabilidade, que o Governo e o patronato persistem em defender, para prosseguirem as políticas que estão na origem das desigualdades e injustiças sociais».
É nesta dinâmica e neste esforço de esclarecimento e de mobilização que se insere a campanha nacional «Com o PCP, lutar contra as injustiças, exigir uma vida melhor», cujo lançamento no terreno ocorreu, no passado domingo, em Tomar, com a presença do secretário-geral do PCP, e que até finais de Março estará nas empresas e nas ruas de todo o País. Ali, naquela acção de solidariedade com os trabalhadores com graves problemas sociais, o camarada Jerónimo de Sousa garantiu que «os comunistas empenharão todas as suas forças na luta contra o desemprego, a precariedade e os baixos salários», reafirmando que, nessa luta, os trabalhadores e o povo podem contar com o PCP.
Registe-se o profundo silenciamento em torno desta campanha nacional por parte da comunicação social dominante – silenciamento que aqui se denuncia, apesar de não ser motivo de surpresa, sabendo-se que esses média são propriedade do grande capital, único beneficiário da política de direita.
A realidade está a comprovar que, como o PCP tem referido, é necessário e possível intensificar e alargar a luta de massas, atraindo a ela segmentos e sectores diversificados de entre a imensa massa de vítimas directas das consequências da política de direita – e que é necessário e possível, através da luta, impor a essa política a ruptura e a mudança necessárias para que sejam respeitados os interesses e direitos dos trabalhadores, do povo e do País.
Para o colectivo partidário comunista, o esforço desenvolvido na intensificação da luta segue, a par e passo, com a aplicação das medidas de reforço do Partido definidas pelo Comité Central – um reforço que está igualmente nas preocupações dos jovens comunistas que preparam entusiasticamente o 9.º Congresso da JCP.
Trata-se de dois acontecimentos similares enquanto expressões concretas do conteúdo da política que desde há mais de trinta e três anos tem vindo a ser aplicada no nosso País.
O envolvimento de Portugal numa guerra de ocupação ao serviço dos objectivos expansionistas e hegemónicos do imperialismo norte-americano, nos moldes em que está a ser concretizado, para além de afrontar a Constituição da República Portuguesa e de apresentar uma iniludível marca de classe, constitui uma lastimável exibição de servilismo e de subserviência – pior ainda quando um dos argumentos utilizados para justificar a participação na guerra é o de que a segurança de Portugal começa no Afeganistão…
Quanto ao Orçamento do Estado, como o PCP – designadamente pela voz do seu secretário-geral - tem vindo a sublinhar, representa a continuação para pior das mesmas orientações políticas, económicas e sociais até agora levadas à prática pelo actual Governo e por todos os que o antecederam.
Por isso, será previsivelmente aprovado pelos partidos da política de direita, sabendo-se que, para o efeito, basta a abstenção do PSD e do CDS/PP.
Isto não obstante o folclore das acaloradas declarações simulando divergências inexistentes em relação ao que é essencial – e procurando, desde já, sacudir responsabilidades em relação às consequências futuras.
Todos eles sabendo que prosseguir a política que conduziu à crise significa prosseguir e aprofundar a crise; todos eles sabendo que, com este OE, quem vai continuar a pagar a crise são os que não têm culpa dela – e que quem vai beneficiar são os que até aqui têm beneficiado.
Do outro lado desta sombria realidade – e enfrentando-a e respondendo-lhe com determinação – está a luta dos trabalhadores – luta corajosa, superando dificuldades e obstáculos de monta nas empresas, nos sectores e nas ruas, e donde emerge, para já, a concentração ocorrida no Porto na passada quinta-feira, primeira grande iniciativa da agenda da CGTP-IN para este primeiro trimestre.
Mais de mil trabalhadores, concentrados na Praça dos Poveiros, aprovaram, por unanimidade, uma resolução na qual denunciam a «degradação contínua da situação sócio-laboral no distrito do Porto» e exigem medidas políticas que «travem a destruição do aparelho produtivo», bem como a «revogação das normas gravosas do Código do Trabalho e da legislação laboral na Administração Pública».
E a luta continua: amanhã, são os enfermeiros que, em manifestação nacional, farão chegar ao ministério da Saúde os ecos da sua greve de três dias. No dia 5 de Fevereiro será a vez de os trabalhadores da Administração Pública, também em manifestação nacional, em Lisboa, fazerem ouvir a sua voz. Depois serão as concentrações e outras acções de massas em todos os distritos. Finalmente, a 26 de Março e a fechar o plano definido para o primeiro trimestre, teremos a manifestação nacional com que a CGTP-IN e a Interjovem assinalam o 28 de Março, Dia Nacional da Juventude.
Tudo isto a confirmar que, como disse ao Avante! Arménio Carlos, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN «existem condições objectivas para ampliar o esclarecimento e a mobilização dos trabalhadores na luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho» e que «este é o tempo para combater o medo e as teses da resignação e da inevitabilidade, que o Governo e o patronato persistem em defender, para prosseguirem as políticas que estão na origem das desigualdades e injustiças sociais».
É nesta dinâmica e neste esforço de esclarecimento e de mobilização que se insere a campanha nacional «Com o PCP, lutar contra as injustiças, exigir uma vida melhor», cujo lançamento no terreno ocorreu, no passado domingo, em Tomar, com a presença do secretário-geral do PCP, e que até finais de Março estará nas empresas e nas ruas de todo o País. Ali, naquela acção de solidariedade com os trabalhadores com graves problemas sociais, o camarada Jerónimo de Sousa garantiu que «os comunistas empenharão todas as suas forças na luta contra o desemprego, a precariedade e os baixos salários», reafirmando que, nessa luta, os trabalhadores e o povo podem contar com o PCP.
Registe-se o profundo silenciamento em torno desta campanha nacional por parte da comunicação social dominante – silenciamento que aqui se denuncia, apesar de não ser motivo de surpresa, sabendo-se que esses média são propriedade do grande capital, único beneficiário da política de direita.
A realidade está a comprovar que, como o PCP tem referido, é necessário e possível intensificar e alargar a luta de massas, atraindo a ela segmentos e sectores diversificados de entre a imensa massa de vítimas directas das consequências da política de direita – e que é necessário e possível, através da luta, impor a essa política a ruptura e a mudança necessárias para que sejam respeitados os interesses e direitos dos trabalhadores, do povo e do País.
Para o colectivo partidário comunista, o esforço desenvolvido na intensificação da luta segue, a par e passo, com a aplicação das medidas de reforço do Partido definidas pelo Comité Central – um reforço que está igualmente nas preocupações dos jovens comunistas que preparam entusiasticamente o 9.º Congresso da JCP.