Cerca de um milhar de pessoas, representando as populações do Parque Nacional da Peneda-Gerês, deslocou-se, sábado, a Braga, em defesa dos seus direitos e actividades. Em causa, entre outras reivindicações, estão as taxas de 200 euros que a direcção do parque pretende aplicar a quem desenvolva actividades dentro desta área.
«Quando foi criado o Parque Nacional da Peneda-Gerês foram muitas as promessas que o Estado fez às populações no sentido de as compensar das perdas que estas teriam pela limitação das suas actividades. No entanto, essas promessas nunca passaram disso mesmo e à medida que o tempo foi evoluindo as populações têm-se visto confrontadas com perda de direitos, imposições e limitações nos usos e costumes, por parte das sucessivas direcções do Parque», acusou, na altura, José Lobato, dirigente da Federação Nacional de Baldios.
Esta iniciativa contou com a presença de Agostinho Lopes, deputado na Assembleia da República e membro do Comité Central do PCP. «O PCP, que no processo de discussão pública emitiu um parecer negativo à proposta, saúda a determinação dos povos do Gerês, em manterem a luta em defesa de um Parque em harmonia com as suas gentes», lê-se num comunicado distribuído à população.
Valorizando o «enorme património nacional, económico, ambiental e cultural» do Parque, João Frazão, da Comissão Política do CC do PCP, alertou, entretanto, para a necessidade de se «encontrar formas de equilibrar a preservação dos recursos naturais com os interesses das gentes que nele vivem».