Presidência espanhola da UE

Madrid quer reforçar laços com Mercosul

Os responsáveis de Assuntos Europeus dos 27 debateram esta semana em Segóvia as prioridades, objectivos e linhas de acção do programa da presidência espanhola da UE.

Estão reunidas as condições e há vontade política das partes

Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Europeus espanhol, Diego López Garrido, trata-se de «uma agenda com objectivos políticos, económicos e sociais ambiciosos, que analisará o processo de implementação do Tratado de Lisboa e aspectos como o lançamento do Serviço de Acção Exterior da União Europeia (UE) e os temas da cidadania europeia».
A reunião, de que serão apresentadas as conclusões hoje, em conferência de imprensa, deverá definir as linhas gerais da presidência.
O encontro de Segóvia foi antecedido pelo anúncio, na segunda-feira, 11, de que a presidência espanhola pretende assinar acordos com o Mercosul (Mercado Comum do Sul, visto na região como uma alternativa à influência norte-americana), a América Central e os países andinos durante a cimeira ibero-americana agendada para 18 e 19 de Maio em Madrid.
Este objectivo foi apresentado pela primeira vice-presidente do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e visa antes do mais reatar as negociações entre a UE e o Mercosul, suspensas desde 2004 devido ao facto de este último pretender que as mesmas tivessem em conta as decisões da cimeira de Doha (Qatar) da Organização Mundial do Comércio.
«Para nós é prioritário retomar as negociações», afirmou Vega em conferência de imprensa, sublinhando que considera estarem reunidas «as condições necessárias» e haver «vontade política» de ambas as partes. Reconhecendo que o objectivo «não é fácil», a responsável espanhola considera no entanto que as partes estão perante «um momento único» para que a UE possa fechar «o acordo regional mais importante de toda sua história».
A presidência espanhola espera ainda assinar acordos com o Panamá e retomar as negociações com a América Central, suspensa desde o golpe de Estado nas Honduras, em Junho último, para além de outros convénios bilaterais.
Embora esta questão não conste explicitamente na agenda dos 27 reunidos em Segóvia, é de esperar que Madrid insista no assunto, já que um dos objectivos da presidência espanhola é «aproximar a Europa dos países da América Latina e do Caribe» a fim de reforçar a relação entre as duas regiões.


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