Gaza continua devastada
A 27 de Dezembro de 2008, Israel lançava uma ofensiva que durante 22 dias arrasou a Faixa de Gaza. O território continua devastado e a sua população está sujeita a todo o tipo de carências na maior prisão a céu aberto do mundo.
«80 por cento da população depende da ajuda internacional»
Um ano depois da operação «Chumbo Fundido», os cerca de 1,5 milhões de habitantes da Faixa de Gaza permanecem encarcerados num território de pouco mais de 40 por 15 quilómetros que apresenta o nível de destruição registado aquando do fim da agressão, a 18 de Janeiro de 2009. Os prometidos 4500 milhões de dólares para a reconstrução doados pela «comunidade internacional» nunca chegaram, o bloqueio israelita em vigor desde 2007 agrava a situação de carência estrema. Oito em cada dez habitantes depende totalmente da ajuda internacional. A imensa maioria (90 por cento) sofre cortes diários de água, luz e gás.
Aos dados divulgados pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha para assinalar o primeiro aniversário da guerra, acrescem os relatos de agências e meios de comunicação que por estes dias se deslocaram a Gaza.
As fronteiras permanecem encerradas e a obtenção de combustível, medicamentos, roupas ou materiais de construção, por exemplo, é feita através do contrabando que sempre consegue furar as barreiras de cimento e arame farpado israelitas e egípcias em volta do território.
As casas (mais de 21 mil), unidades produtivas industriais e agrícolas, edifícios públicos, escolas e hospitais alvo dos bombardeamentos são um amontoado de escombros e ferros retorcidos.
Nos hospitais falta um pouco de tudo: médicos, enfermeiros, camas, autorizações de Israel para transferir para a Cisjordânia, o Egipto ou a Jordânia os casos mais graves. Cerca de 300 doentes não resistiram à espera. A estas vítimas, um médico ouvido pela VTV acresce as memórias que guarda das vidas impossíveis de salvar durante a agressão - queimados com fósforo branco e outras armas não-convencionais, ou mutilados e feridos nos bombardeamentos indiscriminados com mísseis.
A Agência das Nações Unidas para os refugiados confirma que a situação é cada vez pior. 60 por cento da população está desempregada e a pobreza é generalizada.
O Hamas, que governa o território e merece a confiança do povo, assinalou a data com a inauguração de um monumento aos mais de 1400 palestinianos mortos, na maioria civis, e aos 5300 feridos, dos quais 1855 crianças e 795 mulheres. Uma manifestação popular acompanhou a cerimónia. Outras semelhantes estão previstas diariamente até ao dia 18 do próximo mês.
Aos dados divulgados pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha para assinalar o primeiro aniversário da guerra, acrescem os relatos de agências e meios de comunicação que por estes dias se deslocaram a Gaza.
As fronteiras permanecem encerradas e a obtenção de combustível, medicamentos, roupas ou materiais de construção, por exemplo, é feita através do contrabando que sempre consegue furar as barreiras de cimento e arame farpado israelitas e egípcias em volta do território.
As casas (mais de 21 mil), unidades produtivas industriais e agrícolas, edifícios públicos, escolas e hospitais alvo dos bombardeamentos são um amontoado de escombros e ferros retorcidos.
Nos hospitais falta um pouco de tudo: médicos, enfermeiros, camas, autorizações de Israel para transferir para a Cisjordânia, o Egipto ou a Jordânia os casos mais graves. Cerca de 300 doentes não resistiram à espera. A estas vítimas, um médico ouvido pela VTV acresce as memórias que guarda das vidas impossíveis de salvar durante a agressão - queimados com fósforo branco e outras armas não-convencionais, ou mutilados e feridos nos bombardeamentos indiscriminados com mísseis.
A Agência das Nações Unidas para os refugiados confirma que a situação é cada vez pior. 60 por cento da população está desempregada e a pobreza é generalizada.
O Hamas, que governa o território e merece a confiança do povo, assinalou a data com a inauguração de um monumento aos mais de 1400 palestinianos mortos, na maioria civis, e aos 5300 feridos, dos quais 1855 crianças e 795 mulheres. Uma manifestação popular acompanhou a cerimónia. Outras semelhantes estão previstas diariamente até ao dia 18 do próximo mês.