Natalidade

Da opção individual ao condicionalismo político

Anselmo Dias
Recentemente vários meios de comunicação social manifestaram a sua surpresa pelo facto de as previsões relativas a nascimentos, em 2009, apontarem para uma regressão, comparativamente ao ano transacto. Quanto a nós, a maior surpresa é a existência de tal surpresa, na medida em que os fundamentos para a quebra de natalidade são, desde há muito tempo visíveis, salvo para todos aqueles que não querem ver.

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Uma vitória transcendente do internacionalismo

Na historiografia ocidental são raras as referências à batalha travada junto ao rio Khalkhin-Gol entre Maio e Setembro de 1939. A severa derrota ali infligida pelas tropas conjuntas da Mongólia Popular e da União Soviética ao exército de Kwantung do Japão imperialista permanece amplamente ignorada, tal como o significado da curta mas intensa guerra de Khalkhin-Gol. Facto ainda mais sonante porque contrasta com a vastíssima campanha ideológica de deturpação e revisão da história do século XX, visando extirpá-la dos seus avanços revolucionários e libertadores e denegrir e apagar o papel dos comunistas e da URSS, hoje empreendida. Campanha de cariz anticomunista que ultrapassa todos os limites imagináveis num passado recente, chegando ao ponto de pôr em causa as próprias decisões do Tribunal de Nuremberga(1).

A questão da água – uma outra leitura

Hoje em dia é lugar-comum dizer que existe um problema da água – escassez, faltas de distribuição e tratamento, preços, entre outros. O panorama, à escala mundial, é aterrador: segundo as Nações Unidas mais de mil milhões de pessoas não têm acesso a água, tout court, e este número aumentará para o dobro nos próximos dez anos.