Como o Governo não cumpriu com a promessa feita, no início do Verão, de passar à efectividade os cerca de dez mil trabalhadores do sector público de Saúde com contratos precários, cerca de meia centena de trabalhadores, dirigentes e delegados da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública deslocaram-se, dia 17, ao Ministério que os tutela, onde entregaram uma moção.
Empunhando cartazes onde se lia «À segunda só cai quem quer» e «Vamos correr com a política de direita de José Sócrates», exigiram a abertura dos concursos prometidos e a integração, nos mapas de pessoal, de todos os contratados a prazo, que estão a desempenhar funções de trabalho permanente.
A dirigente da FNSFP/CGTP-IN e do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, Ana Amaral, lembrou como estes funcionários, muitos deles em situação de precariedade há vários anos, têm obtido sucessivas renovações de contratos, «mas correm agora o risco de ir para o desemprego, pois só têm garantias contratuais até 31 de Junho de 2010». Como consta na moção, estes trabalhadores são «essenciais ao funcionamento do SNS e na prestação de cuidados de saúde à população».