
- Nº 1867 (2009/09/10)
Por um PCP mais forte!
Festa do Avante!
«O PCP será governo, se e quando o povo quiser» era a frase que ressaltava da exposição «Avante por um PCP mais forte», tema também de um debate, domingo à tarde, no Fórum, que concluiu pela necessidade, já detectada, de reforçar o Partido orgânica e ideologicamente.
«Nos seus 88 anos de vida», ostentava ainda a exposição, «o PCP afirmou-se como grande partido nacional, ligado às aspirações e sonhos do povo português». São 88 anos de «entrega, coragem e heroísmo na defesa dos interesses dos trabalhadores, na luta pela liberdade, a democracia, o progresso social, a paz e o desenvolvimento do País», valores permanentes da sua acção.
Também o debate reafirmou a necessidade de reforçar o PCP, como «força indispensável» que é «aos trabalhadores, ao povo e ao País». Aliás, segundo Armindo Miranda, o XVIII Congresso comprovou que, além de necessário, é possível um PCP mais forte. De facto, persistindo embora deficiências, o balanço então feito revelou-se «francamente positivo», particularmente ao nível da reestruturação do Partido na organização e no funcionamento dos organismos de base. Os cursos de formação ideológica têm funcionado de forma regular, há mais células a responder aos problemas e mais documentos emitidos, quando não pelas células, pelas comissões concelhias ou pelos sectores profissionais. Tem aumentado o recrutamento dirigido.
Entretanto, o XVIII Congresso decidiu avançar com a campanha «Avante, por um PCP mais forte!», que decorrerá até ao XIX Congresso, onde será feito o seu balanço.
É certo que o Partido se defronta com um inimigo poderosíssimo, o grande capital, que tem nas suas mãos os meios de comunicação social, apostados em silenciar a voz do PCP e a alternativa política que ele propõe. Trata-se, porém, diz Armindo Miranda, de um instrumento que não controlamos, o que coloca com mais força ainda a necessidade de reforçar o Partido, o único instrumento dos comunistas e outros democratas para responder à ofensiva capitalista.
Falando a propósito dos actos eleitorais que se avizinham, Armindo Miranda diz que constituem oportunidades privilegiadas para procurar estreitar a ligação do Partido às massas.
Também Mário Peixoto, da Direcção Regional de Setúbal, faz um balanço positivo do reforço do Partido que, na região, entre 2006 e 2008, aumentou 503 militantes, valor muito maior se atendermos ao elevado número de membros do Partido falecidos e de empresas destruídas, onde havia células com centenas e centenas de camaradas.
Entretanto, com a instalação de algumas empresas de dimensão razoável, novas células se têm constituído, nomeadamente no sector automóvel, eléctrico, electrónico, de comércio e serviços, com camaradas muitos jovens.
Gonçalo Oliveira, da Direcção Regional do Porto, levanta por sua vez a questão dos jovens que aderem ao PCP. «O que fazer com alguém que chega ao PCP, que compreende a diferença que há entre ser militante de um partido revolucionário como o nosso e ser sócio de uma qualquer associação?». E responde: «fazer com que não perca este vínculo inicial, dar-lhe tarefas, responsabilizá-lo».
MF