Chama-se Débora Nogueira. É atleta olímpica e a número um do ranking nacional seniores em florete feminino. Praticante da modalidade desde os oito anos, tem hoje 23 e pertence ao Ginásio Clube Português de Esgrima. Esteve no último fim-de-semana no polidesportivo da Atalaia, integrando o grupo de atletas que efectuou uma demonstração de esgrima. Momentos seguidos com enorme interesse pelas pessoas presentes, algumas das quais tiveram ainda ensejo de se equipar a rigor e testar com os atletas a sua perícia em dominar o florete e dar o toque no corpo do adversário.
Pela primeira vez na Atalaia, Débora Nogueira salientou em declarações ao Avante! a importância desta demonstração, considerando ser esta uma forma de «ajudar a divulgar a modalidade».
Por isso vê com «muito interesse esta iniciativa» e esta presença na Festa, onde veio pela primeira vez, e da qual guarda, revelou-nos, «uma impressão positiva».
E à pergunta se este não é um desporto para elites, diz-nos, no seu sorriso aberto, irradiando beleza e simpatia, que «não», uma vez que, apesar do material necessário à prática da modalidade ser caro, todos os clubes dispõem dele e o colocam ao serviço dos atletas.
Mas para chegar ao nível competitivo a que esta atleta chegou é preciso muito trabalho, treino, disciplina. O que pressupõe uma cultura de exigência e rigor. Tal como é necessário abrir a modalidade e «aumentar o número de praticantes». Esse é assumidamente um dos objectivos de Miguel Machado, mestre de esgrima e actual director técnico da Federação Portuguesa de Esgrima, também ele muito satisfeito por esta presença da modalidade na programação do desporto na Festa do Avante!, vendo nela uma excelente oportunidade de divulgação e um forte «estímulo à adesão de novos praticantes».