- Nº 1867 (2009/09/10)
Grandioso comício de encerramento

Um exaltante combate colectivo

Festa do Avante!

Ainda faltava muito para o início do comício de encerramento da Festa do Avante! e era já claro que não só seria um muito grande comício – o maior que se realiza no País, como afirmaria, no seu discurso, José Casanova – como contaria com uma forte presença da juventude.
Desde o início da tarde que muitos milhares de pessoas empunhavam bandeiras do Partido ou da CDU. No recinto do Palco 25 de Abril, onde decorriam concertos, jovens agitavam bandeiras, com a mesma alegria e orgulho com que o fariam momentos depois, no comício. Nos espaços das organizações regionais, na Cidade da Juventude e no Espaço Internacional organizavam-se os desfiles, cada um deles composto por uma imensa massa humana, e onde imperavam a confiança num futuro melhor – socialista – e a determinação necessária para o construir.
Quando Margarida Santos, do Comité Central, deu início ao comício, já o recinto transbordava, apesar do calor abrasador que se fazia sentir e que levava a que muitos procurassem nos espaços adjacentes ao relvado um lugar à sombra para assistir ao principal acto político da Festa. Olhando avenida acima, e até onde a vista alcançava, ondulavam bandeiras – a maioria delas vermelhas com a foice e o martelo, mas também as havia verdes, amarelas, azuis e brancas, da CDU, ou não se estivesse a vinte dias das eleições legislativas. E enquanto tudo isto acontecia, e começava o primeiro discurso da tarde, eram ainda milhares os que entravam no recinto, onde há muito parecia que não cabia mais ninguém.
Durante os discursos de Jerónimo de Sousa, José Casanova e Seyne Torres, os participantes – militantes da JCP e do PCP e tantos outros que o não eram – mostravam que não estavam ali a fazer número, apoiando com entusiasmo sempre que se falava do Partido, do seu ideal e projecto, da generosidade e entrega dos militantes, e assobiando quando o assunto passava a ser outro: a política de direita, as desigualdades e injustiças que promoveu e agravou, e os seus executantes, o PS e o PSD.
Nem podia ser de outra maneira, ou não fossem os participantes naquele comício os que diariamente lutam contra a exploração e a opressão, pelos direitos, pela liberdade e democracia, pela paz – pelo socialismo. Mas ali estavam também, e em grande número, os que agora se juntaram a este exaltante combate colectivo a que tantas e tantas vidas foram e são inteiramente consagradas – um combate que vale a pena e para o qual são muito bem-vindos. Como se viu uma vez mais, e cada vez mais, no imenso abraço colectivo ao som do Avante, Camarada e d’ A Internacional.

GC