Soluções para uma vida melhor
Jerónimo de Sousa participou, sábado, em Faro, numa festa da CDU, integrada na acção nacional «Basta de injustiças – Soluções para uma vida melhor». Durante todo o mês de Agosto, e por todo o País, activistas da CDU contactarão com os trabalhadores e as populações mobilizando para o voto na coligação.
O modelo de desenvolvimento seguido no Algarve falhou
Largas dezenas de pessoas compareceram, dia 1 de Agosto, na escola primária da Bordeira, em Santa Bárbara de Nexe, para a já tradicional festa-comício com a presença do Secretário-geral do PCP. A maioria vinha do concelho de Faro, mas por ali andava gente de vários pontos do País, aproveitando a presença estival no Algarve para conviver, divertir-se e escutar as intervenções políticas. Este ano, o azul dominava sobre o habitual vermelho, devido à aproximação de dois importantes actos eleitorais – as legislativas de 27 de Setembro e as autárquicas de 11 de Outubro.
No seu discurso, que encerrou as intervenções (a festa, porém, continuou), Jerónimo de Sousa acusou os sucessivos governos de terem desprezado as potencialidades do Algarve, realçando que o modelo de desenvolvimento seguido na região «falhou». A destruição do aparelho produtivo, acrescentou, foi «um dos maiores crimes cometidos contra a região e o País».
Em seguida, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para o «descaramento» do PS, que procura «mascarar as suas responsabilidades», surgindo agora em defesa da «economia real» insurgindo-se contra a economia financeira. Mas José Sócrates, que vem agora «jurar fidelidade aos valores da esquerda» é o mesmo que antes defendia que se deixasse o «mercado funcionar» e considerava «arcaicos e inaceitáveis privilégios corporativos» direitos sociais dos trabalhadores.
Ao contrário do que diz o actual primeiro-ministro, afirmou o dirigente comunista, fortalecer o PS não é «fortalecer a esquerda». É, sim, «dar força à política do mais do mesmo», salientou Jerónimo de Sousa, para quem o PS, «mais do que errar, fez opções».
Para Jerónimo de Sousa, a divulgação do programa eleitoral do PS torna clara a aposta na continuidade e «foge como o diabo da cruz» de três questões essenciais: uma mais justa redistribuição da riqueza; o aumento dos salários e pensões; o combate ao desemprego. Já a regionalização surge adiada até, pelo menos, 2013. Assim, garantiu, os «algarvios que defendem a regionalização», só têm uma força política a quem dar o seu voto, a CDU.
Mudar de rumo
Jerónimo de Sousa aproveitou a ocasião para denunciar o brutal aumento do desemprego, comprovado pelos próprios dados oficiais. No Algarve, o aumento foi de quase 100 por cento em relação a 2008. «Face a isto, que faz o Governo?», questionou. E respondeu em seguida, afirmando que para além de uns «ridículos anúncios de linhas de crédito», o Governo prepara-se para «atirar para os que ainda têm trabalho os sacrifícios».
Tudo porque, acusa, «não querem mexer no modelo que permite o enriquecimento de uns poucos à custa dos baixos salários e da precariedade» dos trabalhadores. O desmentido de que a crise é para todos, o dirigente comunista lembrou que nos últimos quatro anos, os cinco principais grupos financeiros atingiram 9 548 milhões de euros; e só no primeiro semestre deste ano, os quatro maiores bancos privados arrecadaram lucros de 750 milhões de euros.
Realçando ser necessário «um novo rumo», Jerónimo de Sousa reafirmou a necessidade de travar o definhamento do tecido produtivo, apostando na sua defesa e afirmação como «motor do crescimento e desenvolvimento económico e que inverta o progressivo agravamento dos problemas sociais». A ruptura com os «eixos centrais das orientações políticas, económicas e sociais de direita que os governos do PS e PSD têm vindo a prosseguir ano após ano» e a recuperação pelo Estado do comando política e democrático do processo de desenvolvimento.
Experiência e juventude
Na festa de sábado, foi apresentada a lista da CDU às eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Faro. Uma lista, como se afirmou na ocasião, «que mistura experiência com juventude, de gente dedicada ao projecto e valores da CDU». A média etária é de 45 anos e 38,5 por cento dos candidatos são mulheres. São os seguintes os candidatos da CDU:
Paulo Sá, membro do PCP, professor universitário; Isabel Marques, membro do PCP, médica; Ana Boto, membro do PCP, tradutora/intérprete; Fernando Horta, membro do PCP, técnico superior de Administração Pública; Nelson Freitas, membro do PCP, técnico de Instalações Eléctricas, membro da CT da EDP; Carina Carmo, membro do PCP, professora universitária, dirigente do Sindicato dos Professores da Zona Sul; João Alface, membro do PEV, empregado de hotelaria; José Lucas, membro do PCP, funcionário público, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores; Leonor Agulhas, membro do PCP, escriturária, dirigente do MDM; Celso Batista, membro do PCP, pescador; Isabel Mealha, membro do PCP, bancária; Celso Costa, membro do PCP, empregado de hotelaria; Fernando Pacheco, membro da ID, médico neurologista.
Paulo Sá
«Os algarvios saberão reconhecer esta acção impar»
O primeiro candidato da CDU às eleições legislativas de 27 de Setembro pelo círculo eleitoral do Algarve, na intervenção que proferiu na festa da Bordeira, foi duro para com o PS e o PSD. Em sua opinião, as políticas destes dois partidos «convergiram na concepção e execução de um modelo de desenvolvimento assente quase exclusivamente no turismo», sendo este sector que gera cerca de metade do PIB regional.
Sucede porém, acusou, que «tal afunilamento num único sector de actividade coloca a economia regional numa situação de grande fragilidade», como a actual crise, aliás, demonstra: «o número de turistas, nacionais e estrangeiros, que procuram a região diminuiu, as actividades económicas centradas ou directamente ligadas ao turismo ressentiram-se fortemente e o desemprego disparou.» Considerando «frouxas» as medidas apresentadas pelo Governo, Paulo Sá realçou ser previsível que o programa «Qualificação – Emprego» venha apenas a abranger no Algarve entre 200 a 300 trabalhadores. Além disso, acrescentou, nada se revolve com «linhas de crédito para quem já se afunda em dívidas».
Na opinião do candidato, a estrutura económica da região «não pode depender quase exclusivamente da actividade turística». É vital para o futuro do Algarve a «diversificação do tecido económico e o aumento das actividades produtivas na indústria, nas pescas e na agricultura», acrescentou.
O apoio às micro, pequenas e médias empresas, o desenvolvimento da rede de transportes rodoviários, ferroviários e marítimos, e a conclusão de importantes vias de comunicação foram também apontadas como fundamentais pelo candidato.
A terminar, Paulo Sá destacou a acção «ímpar» do PCP e da CDU em prol da região (apesar de não terem nenhum deputado eleito pelo Algarve), que tomaram mais iniciativas parlamentares em relação ao distrito do que o «conjunto de todos os deputados do PS e do PSD eleitos pela região». Foram também apresentadas «dezenas de propostas relativas ao Algarve no âmbito do PIDDAC – só no último ano foram 34 propostas, todas elas chumbadas pelo PS e pelo PSD». «Estou convicto», realçou, «que, nas próximas eleições legislativas de 27 de Setembro, os algarvios não deixarão de reconhecer esta acção ímpar, confiando o seu voto à CDU».
No seu discurso, que encerrou as intervenções (a festa, porém, continuou), Jerónimo de Sousa acusou os sucessivos governos de terem desprezado as potencialidades do Algarve, realçando que o modelo de desenvolvimento seguido na região «falhou». A destruição do aparelho produtivo, acrescentou, foi «um dos maiores crimes cometidos contra a região e o País».
Em seguida, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para o «descaramento» do PS, que procura «mascarar as suas responsabilidades», surgindo agora em defesa da «economia real» insurgindo-se contra a economia financeira. Mas José Sócrates, que vem agora «jurar fidelidade aos valores da esquerda» é o mesmo que antes defendia que se deixasse o «mercado funcionar» e considerava «arcaicos e inaceitáveis privilégios corporativos» direitos sociais dos trabalhadores.
Ao contrário do que diz o actual primeiro-ministro, afirmou o dirigente comunista, fortalecer o PS não é «fortalecer a esquerda». É, sim, «dar força à política do mais do mesmo», salientou Jerónimo de Sousa, para quem o PS, «mais do que errar, fez opções».
Para Jerónimo de Sousa, a divulgação do programa eleitoral do PS torna clara a aposta na continuidade e «foge como o diabo da cruz» de três questões essenciais: uma mais justa redistribuição da riqueza; o aumento dos salários e pensões; o combate ao desemprego. Já a regionalização surge adiada até, pelo menos, 2013. Assim, garantiu, os «algarvios que defendem a regionalização», só têm uma força política a quem dar o seu voto, a CDU.
Mudar de rumo
Jerónimo de Sousa aproveitou a ocasião para denunciar o brutal aumento do desemprego, comprovado pelos próprios dados oficiais. No Algarve, o aumento foi de quase 100 por cento em relação a 2008. «Face a isto, que faz o Governo?», questionou. E respondeu em seguida, afirmando que para além de uns «ridículos anúncios de linhas de crédito», o Governo prepara-se para «atirar para os que ainda têm trabalho os sacrifícios».
Tudo porque, acusa, «não querem mexer no modelo que permite o enriquecimento de uns poucos à custa dos baixos salários e da precariedade» dos trabalhadores. O desmentido de que a crise é para todos, o dirigente comunista lembrou que nos últimos quatro anos, os cinco principais grupos financeiros atingiram 9 548 milhões de euros; e só no primeiro semestre deste ano, os quatro maiores bancos privados arrecadaram lucros de 750 milhões de euros.
Realçando ser necessário «um novo rumo», Jerónimo de Sousa reafirmou a necessidade de travar o definhamento do tecido produtivo, apostando na sua defesa e afirmação como «motor do crescimento e desenvolvimento económico e que inverta o progressivo agravamento dos problemas sociais». A ruptura com os «eixos centrais das orientações políticas, económicas e sociais de direita que os governos do PS e PSD têm vindo a prosseguir ano após ano» e a recuperação pelo Estado do comando política e democrático do processo de desenvolvimento.
Experiência e juventude
Na festa de sábado, foi apresentada a lista da CDU às eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Faro. Uma lista, como se afirmou na ocasião, «que mistura experiência com juventude, de gente dedicada ao projecto e valores da CDU». A média etária é de 45 anos e 38,5 por cento dos candidatos são mulheres. São os seguintes os candidatos da CDU:
Paulo Sá, membro do PCP, professor universitário; Isabel Marques, membro do PCP, médica; Ana Boto, membro do PCP, tradutora/intérprete; Fernando Horta, membro do PCP, técnico superior de Administração Pública; Nelson Freitas, membro do PCP, técnico de Instalações Eléctricas, membro da CT da EDP; Carina Carmo, membro do PCP, professora universitária, dirigente do Sindicato dos Professores da Zona Sul; João Alface, membro do PEV, empregado de hotelaria; José Lucas, membro do PCP, funcionário público, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores; Leonor Agulhas, membro do PCP, escriturária, dirigente do MDM; Celso Batista, membro do PCP, pescador; Isabel Mealha, membro do PCP, bancária; Celso Costa, membro do PCP, empregado de hotelaria; Fernando Pacheco, membro da ID, médico neurologista.
Paulo Sá
«Os algarvios saberão reconhecer esta acção impar»
O primeiro candidato da CDU às eleições legislativas de 27 de Setembro pelo círculo eleitoral do Algarve, na intervenção que proferiu na festa da Bordeira, foi duro para com o PS e o PSD. Em sua opinião, as políticas destes dois partidos «convergiram na concepção e execução de um modelo de desenvolvimento assente quase exclusivamente no turismo», sendo este sector que gera cerca de metade do PIB regional.
Sucede porém, acusou, que «tal afunilamento num único sector de actividade coloca a economia regional numa situação de grande fragilidade», como a actual crise, aliás, demonstra: «o número de turistas, nacionais e estrangeiros, que procuram a região diminuiu, as actividades económicas centradas ou directamente ligadas ao turismo ressentiram-se fortemente e o desemprego disparou.» Considerando «frouxas» as medidas apresentadas pelo Governo, Paulo Sá realçou ser previsível que o programa «Qualificação – Emprego» venha apenas a abranger no Algarve entre 200 a 300 trabalhadores. Além disso, acrescentou, nada se revolve com «linhas de crédito para quem já se afunda em dívidas».
Na opinião do candidato, a estrutura económica da região «não pode depender quase exclusivamente da actividade turística». É vital para o futuro do Algarve a «diversificação do tecido económico e o aumento das actividades produtivas na indústria, nas pescas e na agricultura», acrescentou.
O apoio às micro, pequenas e médias empresas, o desenvolvimento da rede de transportes rodoviários, ferroviários e marítimos, e a conclusão de importantes vias de comunicação foram também apontadas como fundamentais pelo candidato.
A terminar, Paulo Sá destacou a acção «ímpar» do PCP e da CDU em prol da região (apesar de não terem nenhum deputado eleito pelo Algarve), que tomaram mais iniciativas parlamentares em relação ao distrito do que o «conjunto de todos os deputados do PS e do PSD eleitos pela região». Foram também apresentadas «dezenas de propostas relativas ao Algarve no âmbito do PIDDAC – só no último ano foram 34 propostas, todas elas chumbadas pelo PS e pelo PSD». «Estou convicto», realçou, «que, nas próximas eleições legislativas de 27 de Setembro, os algarvios não deixarão de reconhecer esta acção ímpar, confiando o seu voto à CDU».