Um dirigente da Concelhia de Setúbal do PS, confundindo partido com Governo, informou que este não vai atribuir qualquer indemnização aos comerciantes da Baixa de Setúbal vítimas das cheias de 2008, não por que seja insensível às suas necessidades, mas por alegado erro na instância governativa a quem o apoio foi reivindicado. Aliás, esta confusão de cargos seria estranha, se não fosse já habitual no PS, acusa a Organização Regional de Setúbal do PCP. A verdade, diz, é que o processo das cheias foi entregue pela Câmara Municipal numa reunião com o Ministério do Ambiente, onde o ministro Nunes Correia se comprometeu a encaminhar o processo, que mais tarde foi entregue ao secretário de Estado do Comércio. O Governo – «tão solícito» de apoios escandalosos aos grandes grupos económicos – não pode, pois, alegar falta de informação, pelo que a falta de pagamento das indemnizações aos comerciantes só pode ser atribuída ao PS que, em 16 anos de gestão autárquica, também ainda não resolveu o problema das cheias na Baixa de Setúbal.