Uma lista onde se incluem operários, empregados, trabalhadores da função pública, professores, profissionais da saúde, micro e pequenos empresários, pescadores, agricultores, mulheres trabalhadoras, desempregados, jovens na precariedade e no ensino sem perspectiva de saída profissional, nem apoio social condigno.
«Na CDU acreditamos que existem soluções, acreditamos que o País e o distrito não estão condenados ao definhamento do aparelho produtivo, à estagnação da economia e ao declínio dos índices de desenvolvimento social», afirmou Joaquim Almeida, 60 anos, metalúrgico, da Direcção de Organização Regional de Aveiro do PCP e mandatário distrital da Coligação para as eleições de 27 de Setembro.
Miguel Viegas, cabeça de lista, sublinhou a necessidade de eleger deputados da CDU pelo círculo eleitoral de Aveiro. «Não faz sentido que os 16 deputados a eleger por Aveiro não haja nenhum da CDU. Ou dito de outra maneira, Aveiro e a sua população precisam de deputados da CDU», referiu, lembrando que o Grupo Parlamentar do PCP «foi de longe aquele que mais questões levantou a respeito da nossa região», «um enorme trabalho de grande qualidade que deveria envergonhar a maioria dos 15 actuais deputados que pouco ou nada fizeram ao longo destes quatro anos».
O primeiro candidato valorizou, de igual forma, o crescimento da CDU, em mais de 50 por cento, nas últimas eleições europeias, o que pode vir a alterar a correlação de forças que «permitiu ao PS impor um conjunto de políticas tão nefastas ao País e à nossa região em particular». «Quanto maior for o peso da CDU na Assembleia da República maiores serão as possibilidades de ruptura com estas políticas que levaram o País até este caos», afirmou.

Defender o aparelho produtivo

Miguel Viegas destacou ainda a «diversidade» e a «estrutura» do aparelho produtivo de Aveiro. «Neste distrito convivem sectores importantes tão diversos como a pesca e a agricultura, em particular o sector leiteiro, ao lado de importantes sectores industriais onde mais uma vez a diversidade constitui o traço dominante. Por outro lado, temos uma estrutura onde predomina a micro empresa, com menos de dez trabalhadores», informou, criticando o facto de os apoios governamentais «serem, quase sempre, destinados aos grandes grupos económicos que continuam a engordar à conta do orçamento, enquanto diariamente encerram dezenas de empresas por este País fora».
O candidato da CDU assumiu ainda, perante a região, linhas de intervenção política orientadoras da acção e do desempenho dos deputados que vierem a ser eleitos no próximo dia 27 de Setembro, que passam pela valorização da «produção de riqueza, respeitando quem trabalho», pela «participação e valorização dos trabalhadores», pelo «apoio às micro, pequenas e médias empresas» e pela defesa da «agricultura e pescas», do «meio ambiente, protecção da água, da floresta e da orla costeira», do «transporte público, conclusão da rede viária estruturante e recusa das portagens» e das «funções sociais do Estado».

Campanha de proximidade

Por último, Miguel Viegas informou que a campanha eleitoral da CDU, no distrito, será concretizada em iniciativas de grande proximidade «aos trabalhadores, aos desempregados, aos que são vítimas da sobre-exploração e da destruição de direitos essenciais, aos sectores sociais mais afectados pela crise capitalista e as políticas de direita». «Será uma campanha de proximidade, de esclarecimento e mobilização para o voto na CDU – um voto que marca a diferença, porque é o único em condições de dar sustentação a um projecto de ruptura com a política de direita do PS, PSD e CDS-PP, e de construção da política alternativa e da alternativa política», explicou.
Para além do primeiro candidato, integram a lista Lúcia Gomes, Andrea Araújo, Antero Resende, Diogo de Ávila, Rosa Gadanho, Adelino Nunes, Fausto Neves, Fátima Guimarães, Albino Silva, António José Macedo, Fátima Flores, Alírio Martins, José Rui Soares, Leonílde Capela e António Ferreira. Como suplentes estão: Matos Almeida, Filomena Silva, António Pereira, João José Ferreira e Isabel Vieira.