A maioria absoluta do PS, com o compadrio do PSD e do CDS-PP e o voto contra da CDU, aprovou, recentemente, em reunião da Câmara de Portimão, a proposta de venda de imóveis camarários, tais como o edifício dos Paços do Concelho, o recém-inaugurado Teatro Municipal, o Pólo da Universidade do Algarve (antigo matadouro), a Casa das Artes, a Piscina Municipal, o Auditório Municipal, o Pavilhão Gimnodesportivo, a Biblioteca Municipal, o Complexo Ténis e o Polidesportivo dos Montes de Alvor, numa perspectiva de encaixe financeiro.
A autarquia vai vender os imóveis à Portimão Urbis, SGU-EM, tornando-se, desta forma, inquilina da empresa. A alienação do património tem como objectivo o financiamento das empresas municipais e o pagamento de dívidas contraídas pela actual administração autárquica. As transacções a efectuar necessitam da aprovação da Assembleia Municipal, na qual o PS e os seus compadres do PSD e do CDS têm maioria absoluta.
«Esta operação de cosmética financeira virá, posteriormente, abrir a possibilidade de venda a entidades privadas dos referidos edifícios, os quais, pela sua localização em zonas nobres da cidade, são negócios apetecíveis», salienta a CDU, acusando o executivo municipal de «estar a hipotecar o futuro do concelho de Portimão», ao levar «uma série de encargos financeiros e compromissos de despesas futuras».