- Nº 1849 (2009/05/7)

Maio é um direito

PCP

Num requerimento entregue na Assembleia da República no dia 30 por intermédio do deputado comunista Miguel Tiago, o PCP denunciava as pressões feitas sobre os trabalhadores da Mota-Engil, no concelho de Cascais para que trabalhassem no 1.º de Maio. Segundo as informações então recolhidas pelo grupo parlamentar comunista, os trabalhadores estavam a ser confrontados «com ameaças de despedimento e pressões sobre a estabilidade do seu posto de trabalho» caso não trabalhassem no feriado.
Para o PCP, a serem verdade estas «manifestações de desprezo pelos direitos dos trabalhadores e pela legalidade portuguesa», tais actos representam «uma inaceitável prática de chantagem, ameaçando direitos para subjugar trabalhadores aos desígnios de uma empresa». Assim, acrescentou o deputado, importa apurar «que medidas tomará o Governo para indagar os contornos da referida situação».
Na opinião dos comunistas, «o direito a usufruir do feriado, previsto na lei e especialmente quando se trata do Dia do Trabalhador, é um direito conquistado por gerações de trabalhadores portugueses e é absolutamente inaceitável que o patronato tente limitar esse direito».