RTP obrigada a retirar anúncio
A administração da RTP foi obrigada, sexta-feira, a retirar um anúncio a um programa da Antena1 cujo conteúdo, segundo o parecer dos provedores do ouvinte e do telespectador, Adelino Gomes e Paquete de Oliveira, respectivamente, veiculava «uma mensagem de tom antidemocrático, violadora de um direito constitucional».
No spot publicitário em causa, um ouvinte parado no tráfego dialoga com a locutora. Esta diz-lhe que não vale a pena seguir por aquele caminho uma vez que o trânsito se encontra cortado devido a uma manifestação. O ouvinte pergunta «desta vez é contra quem?» e a locutora responde «pelos vistos é contra si» e «contra quem quer chegar a horas».
Reagindo ao filme publicitário antes da RTP o retirar do ar, a CGTP considerou que o carácter anti-manifestação veiculado é produzido «por quem deveria promover a participação democrática e cidadã por todas as formas legítimas possíveis» e sublinhou que «a concepção individualista apresentada no spot, não configura a missão de serviço público a que a Rádio Pública está adstrita, antes parece reflectir uma atitude de subserviência a posições de incómodo manifestadas pelo Governo relativamente à contestação das suas políticas». A Intersindical Nacional apresentou queixa aos provedores da RDP e da RTP, bem como junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
O PCP também reagiu ao spot. Em declarações à comunicação social, António Filipe considerou-o um desrespeito por um direito fundamental, o direito à manifestação e exigiu a sua imediata suspensão, o que veio a acontecer horas depois.
No spot publicitário em causa, um ouvinte parado no tráfego dialoga com a locutora. Esta diz-lhe que não vale a pena seguir por aquele caminho uma vez que o trânsito se encontra cortado devido a uma manifestação. O ouvinte pergunta «desta vez é contra quem?» e a locutora responde «pelos vistos é contra si» e «contra quem quer chegar a horas».
Reagindo ao filme publicitário antes da RTP o retirar do ar, a CGTP considerou que o carácter anti-manifestação veiculado é produzido «por quem deveria promover a participação democrática e cidadã por todas as formas legítimas possíveis» e sublinhou que «a concepção individualista apresentada no spot, não configura a missão de serviço público a que a Rádio Pública está adstrita, antes parece reflectir uma atitude de subserviência a posições de incómodo manifestadas pelo Governo relativamente à contestação das suas políticas». A Intersindical Nacional apresentou queixa aos provedores da RDP e da RTP, bem como junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
O PCP também reagiu ao spot. Em declarações à comunicação social, António Filipe considerou-o um desrespeito por um direito fundamental, o direito à manifestação e exigiu a sua imediata suspensão, o que veio a acontecer horas depois.