Evo Morales aumentou os salários dos funcionários dos sectores da saúde e da educação em 14 por cento, e os da polícia e forças armadas em 12 por cento, percentagem igual à que estabeleceu para o Salário Mínimo Nacional.
Durante o acto de promulgação do decreto, o presidente boliviano lembrou que este era um ajustamento recorde, não apenas face aos aumentos de 2007 e 2008, 6 e 10 por cento, respectivamente, mas sobretudo quando comparado com o governo da direita, que não procedeu a qualquer aumento salarial.
Paralelamente, as forças reaccionárias da região de Santa Cruz iniciaram uma mobilização contra a expropriação de 36 mil hectares de terras na província de Cordilheira, e a libertação de meia centena de famílias guaranis que ali trabalham em regime de servidão.
A «desobediência civil» decretada pela oligarquia de empresários e terratenentes tem como objectivo impedir a reversão para o Estado das referidas propriedades, temendo que estas sejam decretadas território indígena autónomo e, por conseguinte, não só sejam entregues às comunidades autóctones, como os dividendos da exploração dos seus recursos naturais sejam absorvidos pelo governo central e não pelos executivos locais.