pelos direitos do povo palestiniano
O massacre não pode ficar impune
Por agora, as bombas deixaram de cair sobre a Faixa de Gaza e as lagartas dos carros de combate israelitas abandonaram o território. Umas e outras deixaram atrás de si um impressionante rasto de destruição, que cresce à medida que são removidos os escombros – mais de 1300 mortos, entre os quais 417 crianças e 107 mulheres; mais de 5 mil feridos; importantes infra-estruturas sociais básicas foram completamente arrasadas.
Determinados em impedir que o massacre fique impune e conscientes de que a trégua é frágil e que a paz só será possível quando os palestinianos virem os seus direitos reconhecidos, centenas de pessoas manifestaram-se, no sábado, em Lisboa, por uma Palestina livre e independente.
Solidariedade é uma palavra bonita. Significa «laço», «ligação», «sentimento de simpatia». Ideologicamente, significa mais ainda, remetendo para uma comunhão que não conhece fronteiras de território, raça, credo ou religião. A união dos que sofrem a opressão e a exploração capitalista e imperialista e as combatem.
Foi essa solidariedade que desceu às ruas de Lisboa na tarde de sábado, dia 24. Respondendo ao apelo de dezenas de organizações políticas e sociais, mais de duas mil pessoas concentraram-se no Largo Camões demonstrando a sua solidariedade para com o povo da Palestina, no rescaldo de mais um massacre israelita, desta feita na Faixa de Gaza.
Na véspera, para a comunicação social dominante, a acção não existia. E se isso eventualmente conseguiu afastar alguns indivíduos e organizações de convicções menos seguras e intenções menos sinceras, as ausências não se fizeram notar. Ali estiveram jovens, trabalhadores, reformados e muitos outros a exigir o fim dos massacres; a responsabilização dos culpados pelos crimes de guerra e contra a humanidade; o levantamento do bloqueio a Gaza; o fim da ocupação da Palestina; e a criação do Estado da Palestina independente e viável – condições essenciais para a construção de uma paz justa e duradoura na região.
Pouco passava das três da tarde quando, do pequeno palco montado na praça, começaram as intervenções, a cargo de representantes das cinco organizações promotoras da manifestação – Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses/Intersindical Nacional (CGTP-IN); Movimento Democrático de Mulheres (MDM), Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e Secção Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque (TMI). A estas juntaram-se muitas outras, entre as quais o PCP, que esteve representado pelo Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, e Ângelo Alves, da Comissão Política, entre outros dirigentes.
O mundo tem que agir!
Depois dos discursos (ver textos nestas páginas), os manifestantes desceram a Rua do Alecrim, em direcção ao Cais do Sodré, empunhando cartazes e faixas contendo as principais reclamações e exigências: «Por uma Palestina livre e independente», lia-se no pano do CPPC. Já a CGTP-IN trazia a seguinte mensagem: «Fim do genocídio e do bloqueio em Gaza – Palestina, pátria livre e soberana.» «Paz e liberdade, fim à agressão» era a aspiração trazida do Barreiro.
Vários militantes comunistas seguravam cartazes exigindo «fim à ocupação, fim ao genocídio» enquanto que alguns manifestantes mostravam cartazes feitos por si próprios. Um grupo de jovens palestinianos a residir em Portugal levantavam bem alto bandeiras palestinianas, fotografias do presidente Yasser Arafat, assassinado em 2004, e imagens da destruição e da morte em Gaza, com a assinatura da origem do bárbaro autor: «feito por Israel.»
As palavras de ordem acompanhavam o espírito das frases impressas: «Palestina vencerá», «Estado sionista, Estado terrorista», «O mundo tem que agir se o crime persistir», «Genocídio sionista é crime terrorista» ou ainda «Resistência não é terrorismo». A meio da Rua do Alecrim, uma bandeira palestiniana subiu aos céus de Lisboa, erguida por balões – o sonho continua vivo, parecia significar.
O desfile terminou na Praça do Município, junto aos paços do concelho. Ainda houve tempo para reafirmar as causas que estiveram na base da convocação da manifestação – a continuação da luta contra a ocupação israelita e pela constituição de um Estado da Palestina livre e independente, nas fronteiras anteriores a Junho de 1967, com a capital em Jerusalém Este.
Um grito de profunda solidariedade
No Largo Camões, dando início à acção de solidariedade com o povo da Palestina, Luís Vicente, vice-presidente do CPPC, saudou o «heróico» povo palestiniano, «que nunca se vergou, que nunca desistiu de lutar pelos seus direitos, que nunca se calou perante a opressão e perante as bombas». A este povo enviou «um forte grito de profunda solidariedade».
As bombas «deixaram temporariamente de cair», realçou Luís Vicente, mas «não há paz no Médio Oriente». O CPPC, garantiu o seu vice-presidente, não confunde assassinos com vítimas nem ocupantes com ocupados. Tal como não confunde «um dos mais bem armados exércitos do mundo ao serviço de um governo terrorista e dos seus cúmplices internacionais com a resistência de um povo à opressão a que é submetido na sua própria terra».
Para o dirigente do CPPC, «aquilo a que assistimos há 60 anos no Médio Oriente não é uma guerra. É um cerco, um massacre que configura um genocídio». «Cumprindo planos antigos, o governo terrorista de Israel concretizou a ameaça de fazer da Faixa de Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo», assinalou Luís Vicente, acrescentando: «mas desenganem-se os que pensam que calam a resistência.» Os palestinianos «já mostraram que não aceitam a paz dos submissos».
Graciete Cruz, da Comissão Executiva da CGTP-IN, reafirmou o empenhamento da central sindical na luta pela emancipação social de quem trabalha: em Portugal e por todo o mundo. E valorizou, em seguida, a acção solidária da Intersindical para com os trabalhadores e os povos vítimas de embargos e bloqueios imperialistas e em luta pela afirmação ou salvaguarda da sua independência.
«Estamos aqui porque não pactuamos com a mentira, a omissão, a parcialidade, a desinformação», sublinhou a sindicalista, acrescentando: «porque temos memória, porque interpretamos as verdadeiras motivações e objectivos dos autores do massacre, da ocupação e do bloqueio sobre o povo palestiniano».
Mas a CGTP-IN esteve também presente, realçou, porque «não é possível tolerar a reiterada impunidade de Israel e a cumplicidade da União Europeia e de instâncias internacionais». Para Graciete Cruz, «é imperioso, mais que nunca, reforçar e dar expressão concreta à solidariedade com a população da Faixa de Gaza e com a justa luta de todo o povo palestiniano».
Foi Israel que rompeu a trégua
Em nome do MDM, Regina Marques, manifestou o desejo de que o actual «cessar-fogo» corresponda ao calar das armas, mas também à «abertura das fronteiras para a livre circulação das pessoas para o trabalho, para as escolas, para os hospitais». E revelou que em defesa da paz pedem ajuda internacional muitas organizações da região – da Organização das Mulheres da Palestina a 21 organizações de mulheres de Israel, de 45 organizações de mulheres muçulmanas à Liga das Mulheres do Líbano e à direcção das Mulheres Árabes da Federação Mundial Democrática de Mulheres.
A dirigente do MDM salientou ainda a necessidade de resolver o «mais antigo problema humanitário do mundo», os refugiados palestinianos, e apelou à acção. Uma acção «sem esmorecimentos nem credulidade excessiva, para que o cessar-fogo anunciado por Israel não seja mais uma figura de retórica».
Amador Clemente, em nome do MPPM, destacou estar-se perante uma campanha que apregoa e difunde «toda a argumentação de Israel», escondendo a «verdadeira essência do conflito»: em 1948, Israel «espezinhou a resolução 181 da ONU, da partilha em dois estados, um judeu outro árabe»; nesse mesmo ano, proclamou-se o Estado de Israel em 78 por cento do território, à custa da expulsão de centenas de milhares de palestinianos; em 1967, Israel «ocupou os restantes territórios – Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Faixa de Gaza e outros territórios árabes».
Sobre a mais recente agressão, Amador Clemente recordou que quem quebrou a trégua foi Israel, que desencadeou uma acção militar entre os dias 4 e 5 de Novembro em Gaza, para além de ter agravado o bloqueio. E, concluindo, afirmou: «As bombas deixaram de cair, mas o cessar-fogo é frágil.»
Do TMI, Manuel Monteiro denunciou o silêncio do Presidente da República, Cavaco Silva, e as «declarações cínicas» do Governo, que colocavam «carrascos e vítimas em pé de igualdade».
Um filme antigo
No dia 27 de Dezembro de 2008, Israel lança a operação Chumbo Fundido na Faixa de Gaza, a maior desde 1967. Só no primeiro dia, morreram 300 palestinianos.
O ataque foi anunciado como sendo uma «resposta» ao lançamento, pelo Hamas, de foguetes contra localidades do Sul de Israel. Mas já a 4 de Novembro, Israel assassinara vários dirigentes do movimento palestiniano em Gaza e, durante os seis meses de trégua, o bloqueio ao território não foi levantado. O jornal israelita Haaretz revelou que esta operação militar vinha a ser preparada desde há seis meses.
A 3 de Janeiro, começa a ofensiva terrestre. Apoiados por fogo de helicópteros, os primeiros carros de combate israelitas atravessam a fronteira e entram em Gaza. Nos dias seguintes, várias cidades da Faixa de Gaza são violentamente atacadas. Escolas, hospitais, mesquitas e instalações das Nações Unidas são arrasadas. A própria ajuda humanitária foi destruída por ataques israelitas.
No dia 18, Israel suspende os ataques contra a Faixa de Gaza e inicia a retirada das tropas terrestres. O saldo é dramático: pelo menos 1312 pessoas foram mortas, incluindo 417 crianças e 108 mulheres.
Mais de 5300 pessoas ficaram gravemente feridas, incluindo 411 em risco de vida. 100 mil pessoas ficaram sem abrigo e 400 mil sem água.
À medida que o tempo passa e que os escombros vão sendo removidos, o número de mortos e feridos registados vai crescendo e novos factos vão surgindo. Tudo aponta para que Israel tenha utilizado fósforo branco nos bombardeamentos.
Foi essa solidariedade que desceu às ruas de Lisboa na tarde de sábado, dia 24. Respondendo ao apelo de dezenas de organizações políticas e sociais, mais de duas mil pessoas concentraram-se no Largo Camões demonstrando a sua solidariedade para com o povo da Palestina, no rescaldo de mais um massacre israelita, desta feita na Faixa de Gaza.
Na véspera, para a comunicação social dominante, a acção não existia. E se isso eventualmente conseguiu afastar alguns indivíduos e organizações de convicções menos seguras e intenções menos sinceras, as ausências não se fizeram notar. Ali estiveram jovens, trabalhadores, reformados e muitos outros a exigir o fim dos massacres; a responsabilização dos culpados pelos crimes de guerra e contra a humanidade; o levantamento do bloqueio a Gaza; o fim da ocupação da Palestina; e a criação do Estado da Palestina independente e viável – condições essenciais para a construção de uma paz justa e duradoura na região.
Pouco passava das três da tarde quando, do pequeno palco montado na praça, começaram as intervenções, a cargo de representantes das cinco organizações promotoras da manifestação – Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses/Intersindical Nacional (CGTP-IN); Movimento Democrático de Mulheres (MDM), Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e Secção Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque (TMI). A estas juntaram-se muitas outras, entre as quais o PCP, que esteve representado pelo Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, e Ângelo Alves, da Comissão Política, entre outros dirigentes.
O mundo tem que agir!
Depois dos discursos (ver textos nestas páginas), os manifestantes desceram a Rua do Alecrim, em direcção ao Cais do Sodré, empunhando cartazes e faixas contendo as principais reclamações e exigências: «Por uma Palestina livre e independente», lia-se no pano do CPPC. Já a CGTP-IN trazia a seguinte mensagem: «Fim do genocídio e do bloqueio em Gaza – Palestina, pátria livre e soberana.» «Paz e liberdade, fim à agressão» era a aspiração trazida do Barreiro.
Vários militantes comunistas seguravam cartazes exigindo «fim à ocupação, fim ao genocídio» enquanto que alguns manifestantes mostravam cartazes feitos por si próprios. Um grupo de jovens palestinianos a residir em Portugal levantavam bem alto bandeiras palestinianas, fotografias do presidente Yasser Arafat, assassinado em 2004, e imagens da destruição e da morte em Gaza, com a assinatura da origem do bárbaro autor: «feito por Israel.»
As palavras de ordem acompanhavam o espírito das frases impressas: «Palestina vencerá», «Estado sionista, Estado terrorista», «O mundo tem que agir se o crime persistir», «Genocídio sionista é crime terrorista» ou ainda «Resistência não é terrorismo». A meio da Rua do Alecrim, uma bandeira palestiniana subiu aos céus de Lisboa, erguida por balões – o sonho continua vivo, parecia significar.
O desfile terminou na Praça do Município, junto aos paços do concelho. Ainda houve tempo para reafirmar as causas que estiveram na base da convocação da manifestação – a continuação da luta contra a ocupação israelita e pela constituição de um Estado da Palestina livre e independente, nas fronteiras anteriores a Junho de 1967, com a capital em Jerusalém Este.
Um grito de profunda solidariedade
No Largo Camões, dando início à acção de solidariedade com o povo da Palestina, Luís Vicente, vice-presidente do CPPC, saudou o «heróico» povo palestiniano, «que nunca se vergou, que nunca desistiu de lutar pelos seus direitos, que nunca se calou perante a opressão e perante as bombas». A este povo enviou «um forte grito de profunda solidariedade».
As bombas «deixaram temporariamente de cair», realçou Luís Vicente, mas «não há paz no Médio Oriente». O CPPC, garantiu o seu vice-presidente, não confunde assassinos com vítimas nem ocupantes com ocupados. Tal como não confunde «um dos mais bem armados exércitos do mundo ao serviço de um governo terrorista e dos seus cúmplices internacionais com a resistência de um povo à opressão a que é submetido na sua própria terra».
Para o dirigente do CPPC, «aquilo a que assistimos há 60 anos no Médio Oriente não é uma guerra. É um cerco, um massacre que configura um genocídio». «Cumprindo planos antigos, o governo terrorista de Israel concretizou a ameaça de fazer da Faixa de Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo», assinalou Luís Vicente, acrescentando: «mas desenganem-se os que pensam que calam a resistência.» Os palestinianos «já mostraram que não aceitam a paz dos submissos».
Graciete Cruz, da Comissão Executiva da CGTP-IN, reafirmou o empenhamento da central sindical na luta pela emancipação social de quem trabalha: em Portugal e por todo o mundo. E valorizou, em seguida, a acção solidária da Intersindical para com os trabalhadores e os povos vítimas de embargos e bloqueios imperialistas e em luta pela afirmação ou salvaguarda da sua independência.
«Estamos aqui porque não pactuamos com a mentira, a omissão, a parcialidade, a desinformação», sublinhou a sindicalista, acrescentando: «porque temos memória, porque interpretamos as verdadeiras motivações e objectivos dos autores do massacre, da ocupação e do bloqueio sobre o povo palestiniano».
Mas a CGTP-IN esteve também presente, realçou, porque «não é possível tolerar a reiterada impunidade de Israel e a cumplicidade da União Europeia e de instâncias internacionais». Para Graciete Cruz, «é imperioso, mais que nunca, reforçar e dar expressão concreta à solidariedade com a população da Faixa de Gaza e com a justa luta de todo o povo palestiniano».
Foi Israel que rompeu a trégua
Em nome do MDM, Regina Marques, manifestou o desejo de que o actual «cessar-fogo» corresponda ao calar das armas, mas também à «abertura das fronteiras para a livre circulação das pessoas para o trabalho, para as escolas, para os hospitais». E revelou que em defesa da paz pedem ajuda internacional muitas organizações da região – da Organização das Mulheres da Palestina a 21 organizações de mulheres de Israel, de 45 organizações de mulheres muçulmanas à Liga das Mulheres do Líbano e à direcção das Mulheres Árabes da Federação Mundial Democrática de Mulheres.
A dirigente do MDM salientou ainda a necessidade de resolver o «mais antigo problema humanitário do mundo», os refugiados palestinianos, e apelou à acção. Uma acção «sem esmorecimentos nem credulidade excessiva, para que o cessar-fogo anunciado por Israel não seja mais uma figura de retórica».
Amador Clemente, em nome do MPPM, destacou estar-se perante uma campanha que apregoa e difunde «toda a argumentação de Israel», escondendo a «verdadeira essência do conflito»: em 1948, Israel «espezinhou a resolução 181 da ONU, da partilha em dois estados, um judeu outro árabe»; nesse mesmo ano, proclamou-se o Estado de Israel em 78 por cento do território, à custa da expulsão de centenas de milhares de palestinianos; em 1967, Israel «ocupou os restantes territórios – Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Faixa de Gaza e outros territórios árabes».
Sobre a mais recente agressão, Amador Clemente recordou que quem quebrou a trégua foi Israel, que desencadeou uma acção militar entre os dias 4 e 5 de Novembro em Gaza, para além de ter agravado o bloqueio. E, concluindo, afirmou: «As bombas deixaram de cair, mas o cessar-fogo é frágil.»
Do TMI, Manuel Monteiro denunciou o silêncio do Presidente da República, Cavaco Silva, e as «declarações cínicas» do Governo, que colocavam «carrascos e vítimas em pé de igualdade».
Um filme antigo
No dia 27 de Dezembro de 2008, Israel lança a operação Chumbo Fundido na Faixa de Gaza, a maior desde 1967. Só no primeiro dia, morreram 300 palestinianos.
O ataque foi anunciado como sendo uma «resposta» ao lançamento, pelo Hamas, de foguetes contra localidades do Sul de Israel. Mas já a 4 de Novembro, Israel assassinara vários dirigentes do movimento palestiniano em Gaza e, durante os seis meses de trégua, o bloqueio ao território não foi levantado. O jornal israelita Haaretz revelou que esta operação militar vinha a ser preparada desde há seis meses.
A 3 de Janeiro, começa a ofensiva terrestre. Apoiados por fogo de helicópteros, os primeiros carros de combate israelitas atravessam a fronteira e entram em Gaza. Nos dias seguintes, várias cidades da Faixa de Gaza são violentamente atacadas. Escolas, hospitais, mesquitas e instalações das Nações Unidas são arrasadas. A própria ajuda humanitária foi destruída por ataques israelitas.
No dia 18, Israel suspende os ataques contra a Faixa de Gaza e inicia a retirada das tropas terrestres. O saldo é dramático: pelo menos 1312 pessoas foram mortas, incluindo 417 crianças e 108 mulheres.
Mais de 5300 pessoas ficaram gravemente feridas, incluindo 411 em risco de vida. 100 mil pessoas ficaram sem abrigo e 400 mil sem água.
À medida que o tempo passa e que os escombros vão sendo removidos, o número de mortos e feridos registados vai crescendo e novos factos vão surgindo. Tudo aponta para que Israel tenha utilizado fósforo branco nos bombardeamentos.