A dispensa de concurso público em obras de valor até cinco milhões de euros, anunciada pelo Governo, foi alvo da reiterada crítica do PCP, para quem uma tal medida não garante a defesa do interesse público. O deputado José Soeiro deixou clara essa rejeição em recente debate parlamentar, interpretando a intenção do Executivo em adoptar o ajuste directo nas referidas condições como indissociável do objectivo de «tirar dividendos eleitorais». O deputado do PCP lembrou ainda que cinco milhões de euros foi «o corte para as juntas de freguesias no Orçamento do Estado» e concluiu: «Cinco milhões a menos nas freguesias, cinco milhões a mais para a rapaziada».