SIM, É POSSÍVEL!
«Os trabalhadores e o povo português podem contar com o PCP»
Na sua habitual mensagem de Natal, o primeiro-ministro veio dizer aos portugueses que o seu Governo foi excelente no ano que passou e que será ainda melhor no ano que aí vem.
Num caso e noutro, não falou verdade – o que não deve ter sido surpresa para ninguém, tão avesso à verdade dos factos se tem mostrado o seu discurso desde que desempenha o cargo de primeiro-ministro.
Atribuindo à crise internacional a responsabilidade pela gravíssima situação que Portugal e os portugueses atravessam, José Sócrates o que quis foi, em primeiro lugar, esconder o facto incontestável de que, muito antes de essa crise internacional se ter revelado, já o seu Governo tinha mergulhado Portugal numa situação de crise económica com crescentes e profundas desigualdades e injustiças sociais – e, em segundo lugar, justificar com a mesma crise todas as malfeitorias que se prepara para levar a cabo no ano que aí vem.
Na verdade, a política do Governo PS/Sócrates – na sequência e no caminho dos governos PS e PSD que o antecederam – teve sempre como objectivo essencial a defesa dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros. Por isso, ela foi sempre contrária aos interesses nacionais e penalizadora dos interesses de quem trabalha e vive do seu trabalho, ou das suas pensões ou reformas. Para o grande capital, o Governo foi pródigo em benesses; para os trabalhadores foi brutal no agravamento das suas condições de trabalho e de vida, no roubo e no desrespeito de direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Ainda recentemente, vimos como apareceram milagrosamente os milhões que – quando se tratava de melhorar a situação dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, das flageladas famílias portuguesas - se dizia não haver, e afinal havia: e apareceram tantos milhões quantos os necessários para resolver os problemas dos ricos, para salvar bancos falidos na sequência de fraudes que constituem autênticos casos de polícia.
E quando o primeiro-ministro, na sua mensagem de Natal, vem prometer solidariedade com os trabalhadores e ajuda às famílias, no que está a pensar é na aplicação do sinistro e inconstitucional código do trabalho que, a ser aplicado, conduziria de imediato ao aumento do desemprego e da precariedade do emprego; à diminuição de direitos e salários; à acentuação da exploração.
De resto, a «mensagem de Natal do primeiro-ministro» foi a repetição de um conjunto de declarações de boas intenções características da quadra natalícia, visivelmente ensaiadas e encenadas, seguindo à risca o ponto estrategicamente colocado, e proferidas no tom e no jeito mais adequados a esta época do ano.
E nada foi surpresa. José Sócrates enalteceu-se e ao seu Governo e prometeu o que é habitual prometer, nestas alturas, o primeiro-ministro de um governo de política de direita. Por exemplo: a «promoção do emprego» - neste caso repetindo-se e repetindo todas as mensagens de Natal de todos os primeiros-ministros que o antecederam nos vários governos que têm promovido sistematicamente o desemprego.
E não faltou, igualmente, a saudação aos militares portugueses que se encontram em países estrangeiros, segundo ele, em «missões de paz, honrando e dignificando o nome de Portugal». Sublinhe-se que «missões de paz» é a expressão com a qual o primeiro-ministro designa o envolvimento de militares portugueses – enviados pelo seu Governo e pelos que o antecederam - em missões de guerra de ocupação de países soberanos, ao serviço dos objectivos expansionistas do imperialismo norte-americano – e que esse envolvimento, violando a Constituição da República Portuguesa, em nada honra e dignifica Portugal. Bem pelo contrário.
A única surpresa em toda a alocução de José Sócrates tem a ver com o facto de ele ter cometido a proeza de se ter superado a si próprio na desfaçatez e no despudor, elevando-se a escalas nunca antes atingidas – e sabe-se como, nesta matéria, ele havia colocado a fasquia bem lá em cima…
Isso foi notório quando o primeiro-ministro – arvorando aquele ar estudado de bom rapaz, e sem corar – chamou a si, entre os êxitos da sua governação por ele enunciados em matéria de «preocupações sociais», como notável feito seu e do seu Governo, a baixa da taxa de juro para a compra de habitação. Fingindo não saber que se trata de uma decisão do Banco Central que ele se limitou a cumprir; e fingindo não se lembrar das suas respostas negativas às propostas que há muito tempo o PCP vinha fazendo nesse sentido.
Bem diferente é, como não podia deixar de ser, o conteúdo da Mensagem de Ano Novo do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
Nela se sublinha que a situação actual, com o aumento do desemprego, o crescente endividamento das famílias, os aumentos dos preços já anunciados do pão e da energia, o Orçamento do Estado já aprovado, a ameaça de aplicação do código do trabalho, os sucessivos encerramentos de empresas – e a persistência do Governo na aplicação da política que conduziu Portugal a esta situação - «não auguram nada de bom para o ano que aí vem».
Mas nela se diz, também, que há soluções para esses problemas, que o País não está condenado ao definhamento e à estagnação, que as desigualdades e injustiças sociais não são uma inevitabilidade. Que há outro rumo. Que, sim é possível uma vida melhor. E que essa possibilidade está nas mãos de todos aqueles que não se resignam e que lutam por um ruptura com a política de direita.
E que nessa luta, os trabalhadores e o povo português podem contar com a força, a vontade e determinação dos comunistas portugueses.
Num caso e noutro, não falou verdade – o que não deve ter sido surpresa para ninguém, tão avesso à verdade dos factos se tem mostrado o seu discurso desde que desempenha o cargo de primeiro-ministro.
Atribuindo à crise internacional a responsabilidade pela gravíssima situação que Portugal e os portugueses atravessam, José Sócrates o que quis foi, em primeiro lugar, esconder o facto incontestável de que, muito antes de essa crise internacional se ter revelado, já o seu Governo tinha mergulhado Portugal numa situação de crise económica com crescentes e profundas desigualdades e injustiças sociais – e, em segundo lugar, justificar com a mesma crise todas as malfeitorias que se prepara para levar a cabo no ano que aí vem.
Na verdade, a política do Governo PS/Sócrates – na sequência e no caminho dos governos PS e PSD que o antecederam – teve sempre como objectivo essencial a defesa dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros. Por isso, ela foi sempre contrária aos interesses nacionais e penalizadora dos interesses de quem trabalha e vive do seu trabalho, ou das suas pensões ou reformas. Para o grande capital, o Governo foi pródigo em benesses; para os trabalhadores foi brutal no agravamento das suas condições de trabalho e de vida, no roubo e no desrespeito de direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Ainda recentemente, vimos como apareceram milagrosamente os milhões que – quando se tratava de melhorar a situação dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, das flageladas famílias portuguesas - se dizia não haver, e afinal havia: e apareceram tantos milhões quantos os necessários para resolver os problemas dos ricos, para salvar bancos falidos na sequência de fraudes que constituem autênticos casos de polícia.
E quando o primeiro-ministro, na sua mensagem de Natal, vem prometer solidariedade com os trabalhadores e ajuda às famílias, no que está a pensar é na aplicação do sinistro e inconstitucional código do trabalho que, a ser aplicado, conduziria de imediato ao aumento do desemprego e da precariedade do emprego; à diminuição de direitos e salários; à acentuação da exploração.
De resto, a «mensagem de Natal do primeiro-ministro» foi a repetição de um conjunto de declarações de boas intenções características da quadra natalícia, visivelmente ensaiadas e encenadas, seguindo à risca o ponto estrategicamente colocado, e proferidas no tom e no jeito mais adequados a esta época do ano.
E nada foi surpresa. José Sócrates enalteceu-se e ao seu Governo e prometeu o que é habitual prometer, nestas alturas, o primeiro-ministro de um governo de política de direita. Por exemplo: a «promoção do emprego» - neste caso repetindo-se e repetindo todas as mensagens de Natal de todos os primeiros-ministros que o antecederam nos vários governos que têm promovido sistematicamente o desemprego.
E não faltou, igualmente, a saudação aos militares portugueses que se encontram em países estrangeiros, segundo ele, em «missões de paz, honrando e dignificando o nome de Portugal». Sublinhe-se que «missões de paz» é a expressão com a qual o primeiro-ministro designa o envolvimento de militares portugueses – enviados pelo seu Governo e pelos que o antecederam - em missões de guerra de ocupação de países soberanos, ao serviço dos objectivos expansionistas do imperialismo norte-americano – e que esse envolvimento, violando a Constituição da República Portuguesa, em nada honra e dignifica Portugal. Bem pelo contrário.
A única surpresa em toda a alocução de José Sócrates tem a ver com o facto de ele ter cometido a proeza de se ter superado a si próprio na desfaçatez e no despudor, elevando-se a escalas nunca antes atingidas – e sabe-se como, nesta matéria, ele havia colocado a fasquia bem lá em cima…
Isso foi notório quando o primeiro-ministro – arvorando aquele ar estudado de bom rapaz, e sem corar – chamou a si, entre os êxitos da sua governação por ele enunciados em matéria de «preocupações sociais», como notável feito seu e do seu Governo, a baixa da taxa de juro para a compra de habitação. Fingindo não saber que se trata de uma decisão do Banco Central que ele se limitou a cumprir; e fingindo não se lembrar das suas respostas negativas às propostas que há muito tempo o PCP vinha fazendo nesse sentido.
Bem diferente é, como não podia deixar de ser, o conteúdo da Mensagem de Ano Novo do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
Nela se sublinha que a situação actual, com o aumento do desemprego, o crescente endividamento das famílias, os aumentos dos preços já anunciados do pão e da energia, o Orçamento do Estado já aprovado, a ameaça de aplicação do código do trabalho, os sucessivos encerramentos de empresas – e a persistência do Governo na aplicação da política que conduziu Portugal a esta situação - «não auguram nada de bom para o ano que aí vem».
Mas nela se diz, também, que há soluções para esses problemas, que o País não está condenado ao definhamento e à estagnação, que as desigualdades e injustiças sociais não são uma inevitabilidade. Que há outro rumo. Que, sim é possível uma vida melhor. E que essa possibilidade está nas mãos de todos aqueles que não se resignam e que lutam por um ruptura com a política de direita.
E que nessa luta, os trabalhadores e o povo português podem contar com a força, a vontade e determinação dos comunistas portugueses.