O Banco Central da Hungria foi socorrido, dia 16, pelo Banco Central Europeu que abriu uma linha de crédito de cinco mil milhões de euros para garantir a liquidez na moeda europeia aos bancos do país. Os investidores estão a vender activos na Hungria, o que provocou a queda da bolsa em 50 por cento e da moeda nacional, o florim, em cerca de 10 por cento.

A Holanda anunciou, dia 20, uma injecção de 10 mil milhões de euros no grupo bancário ING, que apresentou, três dias antes, prejuízos na ordem dos 6500 milhões de euros, sofrendo uma queda em bolsa de 27 por cento. O governo já tinha dispendido 16,8 mil milhões de euros com o grupo Fortis.

As autoridades da Suíça apresentaram, dia 17, uma plano de aquisições de activos bancários «tóxicos» que permitirá ao UBS, o banco do país mais afectado pela crise, transferir para o Estado 60 mil milhões de dólares em activos desvalorizados.

O primeiro banco de Itália, Unicredit, tem, desde a passada semana, como segundo maior accionista o Banco Central da Líbia e outras três instituições financeiras deste país. Os investidores líbios aproveitaram o aumento de capital do Unicredit para adquirir 4,23 por cento das acções.

O governo de Espanha anunciou, dia 20, a abertura de um crédito extraordinário no valor entre 10 mil milhões e 30 mil milhões de euros para permitir a compra de activos da banca. Como explicou o primeiro-ministro, José Zapatero, trata-se da primeira tranche de um fundo de 50 mil milhões de euros de apoio ao sector financeiro espanhol.

A Grã-Gretanha quase que quintuplicou a sua dívida pública, elevando-a para o valor mais alto dos últimos 60 anos. Em Setembro, a dívida passou de 8,092 mil milhões de libras (10,4 mil milhões de euros) para 37,6 mil milhões de libras (48,5 mil milhões de euros), nível só atingido em 1946. O líder do partido Conservador, na oposição, advertiu, dia 20, para o perigo de a dívida pública poder chegar em breve aos 64 mil milhões de libras (82,5 mil milhões de euros) um défice público que seria «o maior do mundo industrializado».