- Nº 1815 (2008/09/11)
Escalada e slide

Sempre a puxar pela adrenalina

Festa do Avante!

Trepar, trepar parede acima, desafiando as leis da gravidade e procurando ir sempre mais alto, foi isso que fizeram as centenas de pessoas que cumpriram a escalada na parede erigida no espaço adjacente ao polidesportivo. Não houve mãos a medir perante a fila contínua, fosse qual fosse a hora, de quantos estavam determinados em não perder a experiência.
Gente de quase todas as idades, diz o repórter, sem exagero, que observou parte dessa diversidade etária. Realidade confirmada por Carlos Codinha, da Sociedade Recreativa do Bairro da Bela Vista, responsável pelo bom funcionamento da estrutura e sempre atento – cabos à cintura – ao evoluir de cada subida. Exemplificou-nos, a propósito, com o caso da camarada de 50 anos que não descansou enquanto não venceu os oito metros de distância que a separavam do topo da parede de escalada.
E se a subida configurava um desafio a superar, a descida, em rappel, aparentemente mais fácil, não deixava de se afirmar como uma nova etapa capaz de proporcionar igual prazer.
A puxar pela adrenalina, noutra sempre concorrida experiência, já com tradição na Festa, esteve o «slide páraquedismo». Medida inovadora, este ano, foi a instalação de um segundo cabo, visando deste modo garantir a segurança da estrutura. Pelos dois cabos, num movimento contínuo, lançando-se do relevo que encima o lago, em direcção ao Tejo, deslizaram em velocidade ao jeito e prática de cada um centenas de visitantes.
Mais sorte, ainda, levando o desafio a outros limites, tiveram seguramente os pára-quedistas que no domingo, antes do comício, descendo do céu sobre a Atalaia, trouxeram desfraldada a gloriosa bandeira rubra, com a foice e o martelo, perante a compacta moldura humana que enchia por completo a Festa.