Mais de oito milhões de angolanos elegem amanhã os 220 deputados da Assembleia Legislativa Angola. O sufrágio é o segundo no país depois de dois períodos de guerra civil que, juntos, mergulharam o país durante 30 anos no conflito entre MPLA, movimento maioritário após a independência, e UNITA, apoiada pelo regime do apartheid sul-africano.
Para além das duas maiores formações políticas angolanas, apresentam-se às urnas outros 12 partidos, todos em pé de igualdade no que ao financiamento da campanha diz respeito, uma vez que, de acordo com a legislação eleitoral em vigor, as subvenções estatais são repartidas de igual modo por todos independentemente da sua representatividade parlamentar.
Os temas que dominaram a campanha eleitoral foram o desenvolvimento e reconstrução do país, o combate à pobreza e o desemprego, que se estima que atinja cerca de 40 por cento da população. Neste particular, o MPLA avançou com as propostas mais ousadas, ao garantir a melhoria do parque habitacional e a criação de 1 milhão e 300 mil empregos até 2012.
No terreno a monitorizar o acto estarão uma centena de observadores da UE, e dezenas de outros enviados pelos EUA, pela União Africana e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.